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Borrell: Guerra na Ucrânia "acelerou processo de alargamento" da UE

Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE
Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE Direitos de autor  Euronews
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De Efi Koutsokosta & Isabel Marques da Silva
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É preciso definir um "horizonte" para o alargamento da União Europeia (UE) à Ucrânia e aos Balcãs Ocidentais, a fim de mobilizar "energias", disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, quinta-feira, em Toledo.

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"Penso que a guerra na Ucrânia teve um efeito colateral que é o de acelerar o processo de alargamento, que é certamente um processo baseado no mérito. Mas, ao mesmo tempo, penso que é bom fixar uma meta  política, um horizonte, para dar um impulso político ao processo", disse Josep Borrell, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco, onde esteve o homólogo da Ucrânia.

"E também para nós, porque sim, também nós temos de estar preparados para um alargamento que poderá levar mais dez membros para a União Europeia", acrescentou o chefe da diplomacia da UE.

Tal como o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o diplomata também não deu uma data precisa.

Mas no ar continuam as tres questões que Charles Michel disse necessitarem de reflexao para fazer as reformas antes do alargamento. 

São elas: o que queremos fazer em conjunto? Como o fazemos? Como o pagamos?.

Mas ainda não é claro como a UE planeia fazê-lo, porque existem muitas questões sobre a tomada de decisões na UE, sobre como recalibrar diferentes programas, por exemplo, o da agricultura, sendo a Ucrânia um grande país agrícola.
Mathieu Droin
Analista, Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais

"Os Estados-membros estão a começar a aperceber-se e a lidar com a realidade do que implica a reforma, o que irá mudar para eles próprios, como beneficiarão e como terão de contribuir para a UE", concorda Mathieu Droin, analista em geoestratégia do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, em declarações à euronews.

"A primeira questão é a forma como a Ucrânia é capaz de se reformar a si própria. O que vemos é que os ucranianos estão verdadeiramente empenhados e que trabalharam imenso no espaço de um ano, o que é bastante impressionante. Mas ainda não é claro como a UE planeia fazê-lo, porque existem muitas questões sobre a tomada de decisões na UE, sobre como recalibrar diferentes programas, como por exemplo, o da agricultura, sendo a Ucrânia um grande país agrícola", acrescentou o analista.

A cimeira extraordinária informal dos chefes de Estado e de governo da UE, que se realizará em outubro, na cidade espanhola de Granada, será um importante ponto de partida para este debate, que poderá concluir-se até ao final do ano.

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