O primeiro ministro-israelita e o secretário de Estado norte-americano reuniram-se esta quarta-feira em Jerusalém. Netanyahu afirmou que um eventual acordo com o Hamas não significa que se evite a invasão de Rafah.
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu disse ao secretário de Estado norte-americano Antony Blinken que “não vai aceitar o fim da guerra em Gaza como parte de um potencial acordo de reféns”. Os dois líderes encontraram-se esta quarta-feira na cidade de Jerusalém, em Israel.
Segundo um alto funcionário israelita, citado pelas agências internacionais, “Ele [Netanyahu ] disse a Blinken que estamos interessados em chegar a um acordo e determinados a derrubar o Hamas”. O alto funcionário afirmou, ainda, que Israel transmitiu a sua última oferta ao Hamas através de mediadores egípcios, no final da semana passada, e que está à espera de uma resposta esta quarta-feira à noite.
Benjamin Netanyahu referiu ainda, de acordo com o gabinete do primeiro-ministro israelita, que um acordo com o Hamas sobre os reféns não significa que a invasão de Rafah não vá acontecer.
Já o secretário de Estado norte-americano reiterou a oposição clara dos Estados Unidos à ofensiva terrestre em Rafah. A administração de Joe Biden tem-se mantindo firme e pede um plano credível para a retirada de civis.
No seu encontro com o presidente israelita Isaac Herzog também em Jerusalém, Blinken expressou sentimentos semelhantes e atribuiu ao Hamas a responsabilidade pelo fracasso do acordo para libertação dos reféns.
O secretário de Estado norte-americano, que está pela sétima vez em Israel desde o ataque de 7 de outubro, sublinhou que o Hamas é “a única razão pela qual o acordo não foi alcançado”.
Um relatório da agência de notícias libanesa al-Akhbar indicou que a oferta de Israel prevê a libertação de pelo menos 33 reféns numa primeira fase, e que esta será seguida de outras fases que irão permitir depois a retirada total das Forças de Defesa de Israel.