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Líder do setor financeiro de Londres pede reaproximação Reino-Unido/UE

Chris Hayward/Diretor-executivo da City de Londres, em entrevista à euronews
Chris Hayward/Diretor-executivo da City de Londres, em entrevista à euronews Direitos de autor  Euronews
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De Shona Murray
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Quase quatro anos depois do Brexit, Chris Hayward, diretor-executivo da City de Londres - um dos mais importantes centros financeiros do mundo -, disse à euronews que chegou a hora de reaproximar o Reino Unido da União Europeia (UE).

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Chris Hayward/Diretor-executivo da City de Londres: "Na verdade, acho que o primeiro-ministro Rishi Sunak adotou uma abordagem muito positiva em relação à UE, assim como o ministro das Finanças, Jeremy Hunt. Esses dias já passaram... falo do divórcio doloroso. Foi um divórcio doloroso. Mas penso que agora temos que recuperar a confiança, porque as oportunidades, tanto para a UE como para o Reino Unido, de fazer negócios juntos, de trabalhar juntos, superam em muito esses conflitos".

Shona Murray/euronews: "Mas será que acabou a crise para o Reino Unido, que  têm uma taxa de inflação teimosamente alta e que algumas pessoas, nomeadamente Mark Carney (ex-governador do Banco da Inglaterra) dizem que foi um resultado direto do Brexit?"

Chris Hayward/Diretor-executivo da City de Londres: "Sejamos claros. Alguns desses problemas que mencionou são comuns em toda a Europa. A inflação elevada não é peculiar ao Reino Unido, nem as altas taxas de juros. Todos nós somos afetados pelas questões geopolíticas que estão, atualmente, a afetar as economias. Penso que o que precisamos de fazer no Reino Unido, - e acho que na UE também, francamente - é impulsionar o crescimento económico. Não tivemos muito crescimento económico nos últimos anos e precisamos que ele esteja de volta ao sistema. Penso que os países da UE também enfrentam o mesmo desafio".

Shona Murray/euronews: "Mas tal não significa que o Reino Unido esteja em melhor situação do que a União Europeia. Vejmas o caso dos EUA, que têm a Lei de Redução da Inflação, e o facto de a UE trabalhar ao nível dos 27 Estados-membros. Basta olhar para o fundo de recuperação da Covid-19 e vários outros fundos pós-pandemia, o que não aconteceu no Reino Unido. O Reino Unido é um caso atípico devido aos problemas de custos de abastecimento, está no fim da cadeia. Não se trata apenas da situação global, não é?"

Chris Hayward/Diretor-executivo da City de Londres: "Eu lamento que não estejamos no mercado único. Acho que não estar no mercado único foi um erro, e sempre acharei que foi um erro. Mas penso que as oportunidades que temos agora implicam competir no cenário mundial. Podemos manter-mos sozinhos. Somos capazes de nos manter sozinhos, mas penso que teria sido melhor se estivéssemos dentro da UE. Agora temos que ver as oportunidades que estão disponíveis."

**Shona Murray/euronews: "**O país estar sozinho, mas conseguir crescimento, passa por reduzir a regulamentação, fazer dumping social, etc?"

Chris Hayward/Diretor-executivo da City de Londres: "Quero deixar claro que não queremos desregulamentar. A regulamentação de alta qualidade no setor financeiro é muito importante para ter o investimento financeiro de todo o mundo. É realmente muito importante para nós. Obter crescimento significa obter crescimento do investimento no país. Por exemplo, ao estimular o setor da tecnologia financeira."

**Shona Murray/euronews: "**O Brexit poderá não ser um caso fechado para algumas pessoas: 62% gostariam que o país voltasse a aderir à UE. Gostaria que houvesse um segundo referendo ou, pelo menos, uma conversa sobre isso?"

**Chris Hayward/Diretor-executivo da City de Londres: "**Pessoalmente, não. Acho que não vai acontecer durante a minha vida. Já tomamos uma decisão. Houve um referendo. É claro que se pode sempre argumentar que o resultado seria o contrário se fizéssemos um novo referendo. Mas definimos um rumo para nós mesmos, que agora temos que seguir.

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