Centro-esquerda europeu quer combater extremistas e pondera coligação

Rolf Mützenich, líder do grupo parlamentar do SPD, Alemanha
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De  Isabel Marques da Silva
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Atualmente a segunda força no Parlamento Europeu, os socialistas e democratas vão focar-se em travar a ascensão da extrema-direita, prevista por muitas sondagens sobre as eleições europeias de junho. O líder da bancada do SPD alemão veio a Bruxelas, na quarta-feira, para discutir a estratégia.

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A tendência de subida da extrema-direita é bem visível na maior potência da União Europeia (UE) - a Alemanha - e o líder do centro-esquerda no Parlamento do país, Rolf Mützenich, veio a Bruxelas, quarta-feira, para discutir a estratégia e as mensagens da campanha, alertando que a própria democracia está em risco.

"Mesmo no coração da democracia, seria de esperar que quem quer que se assuma como democrata não brinque com a ideia de querer trabalhar com os anti-democratas, com os extremistas de direita, com tendências fascistas, seja de que maneira for, mesmo que só intelectualmente. Este é o primeiro passo, que também pode ser uma machadada para a democracia", disse, aos jornalistas.

A Alemanha é um dos apenas oito Estados-membros da UE que tem um governo de centro-esquerda, numa coligação com os liberais e os verdes.

É claro que preferimos aliarmo-nos às forças progressistas, mas se isso não for suficiente, temos de compreender que é necessário fazer uma aliança com todos os pró-europeus, o que significa conservadores tradicionais, liberais, nós, verdes e esquerda.
Iratxe Garcia
Líder da bancada de centro-esquerda no Parlamento Europeu

Este poderia ser o modelo para uma futura coligação para manter o poder no Parlamento Europeu, diz a líder da bancada, Iratxe Garcia, que aponta os possíveis parceiros caso a direita se distancie do habitual consenso ao cento.

"É claro que preferimos aliarmo-nos às forças progressistas, mas se isso não for suficiente, temos de compreender que é necessário fazer uma aliança com todos os pró-europeus, o que significa conservadores tradicionais, liberais, nós, verdes e esquerda", enumerou a eurodeputada espanhola.

Sombra da corrupção

O centro-esquerda foi abalado por um escândalo, no ano passado, com alguns dos seus eurodeputados A SEREM acusados de corrupção, incluindo uma vice-presidente do hemiciclo, Eva Kaili (Grécia).

Mas o partido tem, agora, tentado passar a mensagem de que é um porto seguro para os defensores do projeto comunitário,  alegando que o centro-direita se está a proximar dos mais extremistas e eurocéticos.

A prioridade, dizem, deve ser resolver probelmaas sociais com mais investimento público, mas mantendo o défice e a dívida controlados.

O centro-esquerda europeu aprovou o seu manifesto durante um congresso, em novembro passado, em Málaga (Espanha), com o lema "Soluções progressivas para os desafios globais". Deverão reunir-se, no início de março, para escolher o candidato principal e muitos no partido defendem que deve ser uma mulher.

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