Pai de ativista italiana detida na Hungria pede intervenção do Parlamento Europeu

Ilaria Salis aguarda sentenca judicial e o pai pediu a intervenção do Parlamento Europeu para melhorar a sua situação
Ilaria Salis aguarda sentenca judicial e o pai pediu a intervenção do Parlamento Europeu para melhorar a sua situação Direitos de autor / Roberto Monaldo/LaPresse
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De  Vincenzo Genovese
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Ilaria Salis aguarda sentença judicial por acusação de violência contra simpatizantes neonazis, num manifestação, em fevereiro de 2023, em Budapeste. O pai pediu a intervenção do Parlamento Europeu para melhorar a situação da ativista italiana quer será candidata a eurodeputada.

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A detenção da ativista antifascista italiana Ilaria Salis, numa prisão na Hungria, tornou-se uma questão europeia. A professora primária, de 39 anos, anunciou que será candidata às eleições europeias, pelo partido dos verdes.

Acusada de violência contra simpatizantes neonazis, Ilaria Salis aguarda sentença judicial e o pai, Roberto Salis, pediu a intervenção do Parlamento Europeu para melhorar a sua situação.

"Ela fica trancada dentro de uma cela durante 23 horas por dia, apenas vai apanhar ar durante uma hora. Tem direito a apenas 70 minutos de comunicação por semana. Obviamente que ela não tem possibilidade de levar por diante a sua candidatura de forma adequada", disse Roberto Salis à Euronews, numa entrevista durante a sessão plenária, quarta-feira, em Estrasburgo (França).

Se for eleita eurodeputada, a detida poderia invocar imunidade parlamentar, mas o sistema judicial húngaro poderia, no entanto, pedir a suspensã desse estatuto.

As acusações da família relativamente às condições de prisão foram contestadas por Enikő Győri, eurodeputado eleito pelo Fidesz, partido no poder na Hungria:  "Não creio que existam problemas ou condições piores do que noutras prisões. Ela certamente não está hospedada num castelo ou num um hotel cinco estrelas".

Salis declarou-se inocente da acusação de conspiração para cometer agressão que causou lesões corporais graves. O Ministério Público húngaro pediu uma pena de 11 anos de prisão.

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