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Vitória de Le Pen vai afetar as relações franco-alemãs?

Olaf Scholz prefere que o partido de Le Pen não ganhe as eleições em França
Olaf Scholz prefere que o partido de Le Pen não ganhe as eleições em França Direitos de autor Markus Schreiber/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Markus Schreiber/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De  Katy Dartford & Kristina Jovanovski
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Analistas, ouvidos pela Euronews, defendem que uma vitória da extrema-direita em França vai pôr em causa a relação entre Berlim e Paris e dificultar a agenda europeia do Governo de Olaf Scholz.

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Os resultados das eleições legislativas francesas podem ter um impacto significativo na Alemanha. Analistas sugerem que a influência de Berlim sobre a União Europeia vai diminuir, caso se confirme uma vitória do Rassemblement Nacional, de Marine Le Pen, nestas eleições.

A presidente da Hertie School de Berlim, Cornelia Woll, considera que, se o Rassemblement Nacional garantir a maioria no parlamento, o trabalho do chanceler alemão Olaf Scholz vai ficar mais difícil.

Cornelia Woll disse à Euronews que "a relação franco-alemã depende de contatos estreitos a vários níveis ministeriais". Uma maioria do Rassemblement Nacional alteraria essa dinâmica, porque este partido tem uma  "posição explicitamente anti-alemã".

"Qualquer partido sem Le Pen"

A Alemanha considera a França como o parceiro mais importante e mais próximo na Europa. O chanceler Scholz expressou recentemente preocupação com as eleições francesas, declarando preferir "qualquer partido sem Le Pen", apesar de reconhecer que a decisão cabe ao povo francês.

Os media alemães têm centrado a cobertura nos riscos das eleições para o presidente francês Emmanuel Macron. Mas no SPD, o partido de Scholz, há vozes a defender que a a prioridade deve estar em preparar a Alemanha para ter Le Pen como presidente.

Matthias Diermeier, economista político do Instituto Alemão de Economia, sugere que a Alemanha vai ter dificuldade em realizar projetos significativos da UE se o Rassemblement National for bem-sucedido.

Diermeier diz que os políticos alemães estão "verdadeiramente com medo de um governo eurocético em França", sobretudo com Jordan Bardella a pôr em causa da União da Energia e o conservadorismo fiscal sob o Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Woll prevê também que, se o Rassemblement Nacional obtiver a maioria, a França pode-se afastar da Alemanha e aproximar-se da Itália, "onde é mais fácil construir pontes". Duvida mesmo que a relação de trabalho franco-alemã seja suficiente para superar o fosso político partidário.

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