A Alternativa para a Alemanha obteve cerca de 16% dos votos nas europeias. Já o partido social-democrata do chanceler Olaf Scholz conseguiu 14,6%.
Os partidos no governo da Alemanha obtiveram resultados fracos nas eleições europeias, enquanto a Alternativa para a Alemanha, de extrema-direita, conseguiu ganhos significativos.
As projeções das televisões ARD e ZDF, baseadas em sondagens à boca das urnas e em contagens parciais, mostram que o apoio aos sociais-democratas, de centro-esquerda, do chanceler Olaf Scholz ronda os 14,6%. Este valor situa-se abaixo dos 15,8% que o partido conseguiu em 2019, sendo já considerado como o pior resultado obtido pós-segunda guerra mundial numa votação a nível nacional.
Depois de uma campanha em que Scholz desempenhou um papel proeminente, o partido social-democrata ficou mais de 10 pontos abaixo da sua participação nas últimas eleições nacionais da Alemanha, em 2021.
A Alternativa para a Alemanha, ou AfD, obteve pouco mais de 16% dos votos, um resultado superior ao obtido nas europeias de 2019, de 11%. Durante a campanha às eleições europeias, a AfD sofreu uma série de dificuldades, que incluíram escândalos em torno de dois dos seus principais candidatos ao Parlamento Europeu. O partido de extrema-direita acabou por ser expulso do grupo Identidade e Democracia (ID) do Parlamento Europeu.
As projeções revelam ainda que Os Verdes, o segundo maior partido da coligação de Scholz, obteve 12% dos votos, depois de nas eleições de 2019 ter tido 20,5%. Já o apoio aos Democratas Livres pró-empresariais, o terceiro partido do governo em disputa, foi estimado em 5%. Ambos os valores são significativamente inferiores aos registados nas eleições alemãs de 2021.