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Conservadores e Reformistas indecisos antes da votação para a reeleição de von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à esquerda, é recebida pelo primeiro-ministro italiano Meloni durante uma cimeira de líderes mundiais do G7 em Borgo Egnazia, Itália, a 13 de junho
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à esquerda, é recebida pelo primeiro-ministro italiano Meloni durante uma cimeira de líderes mundiais do G7 em Borgo Egnazia, Itália, a 13 de junho Direitos de autor AP
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De  Giorgia Orlandi
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Artigo publicado originalmente em inglês

Presidente da Comissão Europeia tem de obter o apoio do Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus para garantir um novo mandato.

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O debate sobre a votação que terá lugar na quinta-feira para confirmar von der Leyen como presidente do Parlamento Europeu tem sido particularmente aceso nas capitais europeias.

Isto é especialmente verdade em Roma, onde a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, é também a presidente do grupo político dos Conservadores e Reformistas Europeus (CRE), um dos maiores grupos que se mantém indeciso quanto ao seu apoio a von der Leyen.

Esta terça-feira de manhã, a candidata a presidente da Comissão Europeia teve uma reunião com o CRE. Uma mudança radical na abordagem ao Pacto Ecológico está entre os pedidos que terão sido apresentados pelo partido Fratelli d'Italia. Não foi emitida qualquer nota oficial no final da reunião, o que significa que, até à data, ainda não é clara a posição do grupo político relativamente ao voto para a reeleição de Von Der Leyen.

Recorde-se que, no final de junho, Giorgia Meloni absteve-se na votação para apoiar a reeleição de Von Der Leyen. E é possível que só seja tomada uma decisão depois de a candidata a presidente da Comissão Europeia ter apresentado o seu programa político.

Falando em Washington, onde participou recentemente na cimeira da NATO, Giorgia Meloni declarou que, independentemente da sua dupla função, quer que a posição da Itália seja reconhecida. Por outras palavras, pretende assegurar um lugar de topo para a Itália na Comissão Europeia.

Uma parte fundamental das negociações em curso diz efetivamente respeito à nomeação de um comissário italiano, sendo o ministro dos Assuntos Europeus, Raffaele Fitto, o principal candidato a esse cargo.

Todos os votos contam para o segundo mandato de Von Der Leyen. No papel, Von Der Leyen pode contar com os três principais grupos políticos que já a apoiaram em 2019, mas como se trata de uma votação secreta, o resultado é difícil de prever.

De acordo com Gaetano Quagliariello, diretor da Escola de Governo da Universidade Luiss, em Roma, Von Der Leyen precisa do apoio do seu partido, o Fratelli d'Italia. “Penso que a primeira-ministra italiana é capaz de influenciar pelo menos uma parte do CRE”, diz Quagliariello, acrescentando que "uma vez que Orbán e Vox abandonaram o grupo, é mais fácil convencer os que ficaram".

Para Quagliariello, Giorgia Meloni tem de se mostrar forte, não só como líder de um dos Estados fundadores da UE, mas também como líder de um dos países com os governos mais fortes. Quagliariello defende que Meloni "tem de abordar esta questão como primeira-ministra de Itália, independentemente da sua posição política".

Do novo Pacto de Estabilidade às políticas de migração, os analistas dizem que há tanto em jogo para a Itália que o país deve preservar as boas relações que tem mantido com a Comissão Europeia.

De acordo com Antonio Parenti, Representante da Comissão Europeia em Itália, tendo em conta os tempos difíceis que se avizinham, a votação deve garantir que a Europa não mergulhe numa crise política.

"Tanto a Itália como os outros países da UE têm de assegurar que esta votação permita que as instituições da UE estejam plenamente operacionais. Não esqueçamos que o momento histórico que enfrentamos é muito volátil", diz Parenti. "Temos uma guerra à nossa porta e mesmo o que aconteceu nos EUA há alguns dias faz-nos compreender que não estamos a passar por um momento fácil".

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