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Ilhas Canárias convidam Ursula von der Leyen a testemunhar a crise dos migrantes

Ilhas Canárias convidam Ursula von der Leyen a testemunhar a crise dos migrantes
Ilhas Canárias convidam Ursula von der Leyen a testemunhar a crise dos migrantes Direitos de autor Bernat Armangue/AP
Direitos de autor Bernat Armangue/AP
De  Efrén Hernández com Euronews
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O porta-voz do governo das Ilhas das Canárias revelou que uma pessoa morre a cada 45 minutos na travessia do Atlântico para o arquipélago espanhol.

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As Ilhas Canárias recebem dezenas de migrantes por dia, que tentam chegar a solo europeu, estando perto da sobrelotação dos centros de acolhimento. Perante a gravidade da situação, o governo das Ilhas Canárias convidou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a conhecer a situação em primeira mão.  

Alfonso Cabello, porta-voz do governo das Ilhas Canárias, anunciou o convite, salientando a necessidade urgente de envolvimento da União Europeia.

O número de pequenas embarcações que chegam às ilhas espanholas aumentou em 126%, até 15 de agosto, as Ilhas Canárias registaram a chegada de 22.300 migrantes, um número que se prevê que aumente nos próximos meses.

Já o coordenador da Comissão Espanhola de Ajuda aos Refugiados (CEAR), Juan Carlos Lorenzo, indicou que as rotas migratórias se intensificaram nos últimos meses do ano, devido às condições de navegação favoráveis. Os migrantes provêm maioritariamente do Mali, Marrocos, Senegal, Gâmbia e Mauritânia. 

Atlântico é a rota mais mortífera

O Atlântico continua a ser a rota migratória mais mortífera, tendo sido registadas mais de 4.800 mortes este ano, segundo estimativas das ONG’s. Cabello sublinhou a natureza perigosa destas viagens e revelou que, nesta rota, uma pessoa morre a cada 45 minutos.  

A pobreza extrema, a escassez de oportunidades, a perseguição e os conflitos são algumas das principais razões que levam os migrantes a arriscarem a vida nestas travessias.

Louela Mint El Mamy, advogada especializada em migração sediada em Lanzarote, acrescenta que muitos migrantes efetuam estas viagens devido às políticas de vistos e a um sistema complexo que favorece os interesses comerciais ilegais em detrimento das necessidades humanitárias. 

A situação é ainda mais complicada quando se trata da chegada de migrantes menores de idade que não vêm acompanhados. Estas crianças enfrentam obstáculos adicionais, uma vez que a sua deslocação para outras partes de Espanha requer a aprovação desses territórios.  

Atualmente, as Ilhas Canárias acolhem mais de 6.000 migrantes menores, apesar dos recursos locais limitados. O número de centros autorizados a receber estas crianças, nas Ilhas Canárias, aumentou de 36 para 81 no último ano. 

Presidente das Canárias apela a maior apoio

O presidente das Canárias, Fernando Clavijo, apelou a maior apoio para enfrentar o crescente número de migrantes. Para além disto, salientou a necessidade de serem criados projetos de integração eficazes para os menores, bem como a criação de políticas globais nos países de origem dos migrantes para evitar novos êxodos.  

Num esforço semelhante, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitou alguns dos países de origem dos migrantes para abordar a crise migratória.

Na semana passada, o governo espanhol anunciou que destinou uma quantia de, pelo menos, 50 milhões de euros às Ilhas Canárias para que o arquipélago possa lidar com a crise migratória em curso, em particular com a questão dos menores não acompanhados.

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