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Situação dos incêndios melhora mas Proteção Civil alerta: “Ainda não é tempo de baixar os braços”

Cerca de quatro mil bombeiros no terreno combatem 19 incêndios em curso
Cerca de quatro mil bombeiros no terreno combatem 19 incêndios em curso Direitos de autor Bruno Fonseca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De  Euronews
Publicado a Últimas notícias
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Proteção Civil regista 19 incêndios em curso com especial atenção para os fogos em Castro Daire e em Arouca. Condições meteorólgicas vão ficar mais favoráveis mas autoridades alertam para potencias mudanças nas frentes de fogo ativas. Governo decretou dia de luto nacional.

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Estão atualmente em curso 18 incêndios no território de Portugal continental, mobilizando 1.642 operacionais no terreno, apoiados por 20 meios aéreos. Os três incêndios em Castro Daire e o fogo de Alvarenga, no concelho de Arouca são, por esta altura, as situações mais preocupantes.

De acordo com André Fernades, Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, os fogos em Oliveira de Azemeis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, estão dominados mas o forte dispositivo mantém-se no local de forma a evitar potenciais reacendimentos.

“O complexo de fogos de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda está dominado mas mantêm-se mecanismos de defesa no terreno por ser expectável haver reacendimentos”, acrescentou André Fernandes.

O comandante explicou que as condições, do ponto de vista meteorológico, "tendem a ter um melhoria, contudo, as próximas 12 horas ainda serão complexas".

"Ainda não é tempo de baixar os braços"

A Proteção Civil pede à população ficar alerta, uma vez que as alterações do estado do tempo podem originar rotações dos ventos, que podem ter implicações nos incêndios em curso.

"Significa que quem está no terreno deve ter atenção às rotações dos ventos e às alterações das frentes de fogo que ainda poderão estar ativas", afirmou o comandante.

"A população deve estar alerta devido às alterações meteorológicas – ainda não é tempo de baixar os braços, ainda temos incêndios ativos, alguns deles com alguma complexidade. A população deve estar atentada à movimentação das frentes de fogo", explicou o comandante da Proteção Civil.

A situação meteorológica deverá alterar-se por volta das 20:00 desta quinta-feira, com a previsão de aguaceiros, por vezes, fortes.

Proteção Civil avisa população para acautelar situação de chuva intensa

A chuva é uma boa notícia para os operacionais no terreno, mas a Proteção Civil deixa o alerta: chuvas fortes em áreas afetadas pelos incêndios podem gerar deslizamentos de terras.

"Para o dia de amanhã e sábado estão previstos aguaceiros, pontualmente, fortes", explicou André Fernandes, dizendo que "medidas preventivas devem ser implementadas por todas nas áreas afetadas pelos incêndios", nomeadamente a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais.

Governo decreta luto nacional para o dia de amanhã

O Governo decretou um dia de luto nacional para sexta-feira pelas vítimas dos incêndios dos últimos dias, uma deliberação aprovada hoje pelo Conselho de Ministros.

De acordo com os números oficiais, cinco pessoas morreram na sequência dos incêndios.

O balanço atual dá conta de 166 vítimas dos fogos, entre feridos e vítimas mortais.

Na quarta-feira realizou-se o funeral de João Silva, o bombeiro de 60 anos que morreu no passado domingo durante uma pausa no combate ao incêndio em Oliveira de Azeméis.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, estiveram presentes na cerimónia.

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Temperaturas descem esta quinta-feira

Para esta quinta-feira, Instituto Português do Mar e da Atmosfera aponta para uma descida da temperatura máxima. O IPMA aponta ainda para períodos de muita nebulosidade com ocorrência de aguaceiros durante a tarde, que serão mais prováveis no interior do país.

Além da descida das temperaturas, o IPMA aponta ainda para o aumento da humidade no ar e a redução do vento.

Todos estes fatores conjugados representam uma ajuda preciosa para os operacionais no terreno que combatem os fogos no país.

Apesar da mudança no estado do tempo, o concelho de Penela, no distrito de Coimbra, mantém-se hoje em perigo máximo de incêndio.

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Vários concelhos dos distritos de Santarém, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Coimbra, Portalegre, Guarda, Aveiro, Braga, Viana do Castelo, Porto, Vila Real, Viseu, Bragança e Faro, estão hoje em perigo muito elevado de incêndio.

Crise climática é "fator multiplicador das tragédias a que assistimos"

António Guterres não tem dúvidas de que eventos extremos como os incêndios em Portugal e as cheias na Europa Central são resultado da crise climática. Durante uma conferência de imprensa, o secretário-geral da ONU afirmou que a "crise climática é um fator multiplicador de todas as tragédias a que assistimos".

“É absolutamente evidente que o agravamento dos incêndios em Portugal, o agravamentos das cheias na Europa Central e Oriental, o agravamento das cheias na Nigéria, tem uma relação direta com o agravamento da crise climática", afirmou.

António Guterres utilizou ainda rede social X para mencionar os fenómenos extremos atualmente vividos no continente europeu, reforçando a necessidade de ação climática urgente.

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Desde domingo já arderam mais de 106 mil hectares em Portugal continental segundo o sistema europeu Copernicus, principalmente nas regiões Norte e Centro do território, as mais afetadas pelos fogos.

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