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Reeves visita a China numa tentativa de "desbloquear benefícios tangíveis" para as empresas britânicas

A bandeira nacional chinesa é hasteada durante a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de inverno de 2022, em Pequim, a 4 de fevereiro de 2022
A bandeira nacional chinesa é hasteada durante a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de inverno de 2022, em Pequim, a 4 de fevereiro de 2022 Direitos de autor  Natacha Pisarenko/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
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De Gavin Blackburn com AP
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A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves está de visita à China. Downing Street afirma que o PM Starmer pretende uma abordagem "pragmática" para trabalhar com Pequim em matéria de estabilidade global, alterações climáticas e transição para energias limpas.

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A chanceler do Tesouro do Reino Unido desloca-se este fim de semana à China para reforçar a cooperação económica e financeira, numa altura em que o governo trabalhista procura restabelecer os laços com Pequim.

Rachel Reeves procura estabilizar as relações entre o Reino Unido e a China e contribuir para o crescimento da economia britânica, afirmou o Tesouro em comunicado na sexta-feira.

"As regras fiscais que estabeleci no meu orçamento em outubro não são negociáveis e o crescimento é a missão número um deste governo para melhorar a situação do nosso país", disse Reeves aos jornalistas durante uma visita a uma loja de bicicletas em Pequim.

"É por isso que estou na China, para obter benefícios tangíveis para as empresas britânicas que exportam e comercializam em todo o mundo, para garantir que temos maior acesso à segunda maior economia do mundo".

A chanceler do Tesouro britânico, Rachel Reeves, e o vice-presidente chinês, Han Zheng, participam numa reunião no Grande Salão do Povo, em Pequim, a 11 de janeiro de 2025
A chanceler do Tesouro britânico, Rachel Reeves, e o vice-presidente chinês, Han Zheng, participam numa reunião no Grande Salão do Povo, em Pequim, a 11 de janeiro de 2025 Florence Lo/AP

Um dos focos da viagem de Reeves é reviver o Diálogo Económico e Financeiro China-Reino Unido, conversações bilaterais anuais que foram suspensas desde 2019 devido à pandemia da COVID-19 e à deterioração das relações nos últimos anos.

A parte britânica pretende que o diálogo ajude a derrubar as barreiras que as empresas do Reino Unido enfrentam quando procuram exportar ou expandir-se para a China.

As conversações foram arquivadas depois de os laços se terem azedado na sequência de uma série de alegações de espionagem de ambos os lados, do apoio da China à Rússia na guerra da Ucrânia e de uma repressão das liberdades civis em Hong Kong, uma antiga colónia britânica.

As autoridades afirmaram que, para além de discutir formas de aprofundar o comércio e a cooperação, Reeves irá também instar Pequim a pôr termo ao seu apoio material e económico ao esforço de guerra russo na Ucrânia e levantar a questão dos direitos e liberdades em Hong Kong.

Membros de uma guarda de honra ensaiam antes de uma cerimónia para assinalar o Dia dos Mártires na Praça Tiananmen, em Pequim, 30 de setembro de 2024
Membros de uma guarda de honra ensaiam antes de uma cerimónia para assinalar o Dia dos Mártires na Praça Tiananmen, em Pequim, 30 de setembro de 2024 Ng Han Guan/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

A delegação inclui o governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, e os diretores executivos da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido e do Grupo da Bolsa de Valores de Londres.

Estão também a bordo quadros superiores de algumas das maiores empresas britânicas de serviços financeiros, incluindo os presidentes dos grupos HSBC e Standard Chartered.

Durante a sua estadia em Pequim, Reeves deverá visitar as principais marcas britânicas que operam na China, incluindo a Jaguar Land Rover, a distribuidora de whisky Diageo e o fabricante de bicicletas Brompton.

A sua visita surge depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros David Lammy ter viajado para a China em outubro e de o primeiro-ministro Keir Starmer se ter encontrado com o presidente chinês Xi Jinping à margem da Cimeira do G20 no Brasil, em novembro.

As reuniões fazem parte de uma tentativa de Starmer, que foi eleito líder em julho, de reforçar os laços políticos e económicos com a China, o quarto maior parceiro comercial do Reino Unido, de acordo com o Tesouro.

Segundo as autoridades, Starmer pretende adotar uma abordagem "pragmática" para trabalhar com Pequim em matéria de estabilidade global, alterações climáticas e transição para energias limpas.

Mas alguns membros do Partido Conservador, na oposição, criticaram a sua posição e afirmaram que os laços comerciais não devem ser feitos à custa da segurança nacional e dos direitos humanos.

O Príncipe Andrew sai depois de assistir à cerimónia de Natal na Igreja de Santa Maria Madalena, em Sandringham, Norfolk, a 25 de dezembro de 2022
O Príncipe Andrew sai depois de assistir à cerimónia de Natal na Igreja de Santa Maria Madalena, em Sandringham, Norfolk, a 25 de dezembro de 2022 Kirsty Wigglesworth/Copyright 2022 The AP. All rights reserved

Os líderes políticos britânicos e os chefes dos serviços secretos têm alertado repetidamente para as ameaças à segurança que a China representa.

Os apelos para enfrentar o desafio aumentaram no mês passado, quando se soube que um alegado espião chinês tinha cultivado laços estreitos com o príncipe Andrew e levado a cabo "atividades secretas e enganosas" para o Partido Comunista Chinês, segundo as autoridades.

No entanto, Lammy disse aos jornalistas em Londres, na quinta-feira, que "há muitas áreas do comércio que não têm impacto na segurança nacional".

Reeves "vai repetir muitas das mensagens que eu levei à China", afirmou.

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