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EUA vão continuar na NATO, mas têm de ser "mais fortes", diz Rubio a grupo de 31 homólogos

Rubio na NATO
Rubio na NATO Direitos de autor  Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved.
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De Paula Soler
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O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, garantiu aos aliados que Donald Trump não é anti-NATO e que o país permanecerá na aliança, mas também pediu aos seus homólogos para fazerem sacrifícios e aumentarem as despesas com a defesa para 5%.

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O secretário de Estado dos EUA Marco Rubio assegurou aos aliados da NATO o compromisso dos Estados Unidos com a aliança militar transatlântica, na sua primeira reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, recordando a mensagem de Donald Trump de que os países europeus e o Canadá devem aumentar ainda mais as despesas com a defesa.

"O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou claro que apoia a NATO, vamos permanecer na NATO", disse Rubio aos jornalistas em Bruxelas, sublinhando que os EUA querem que a aliança seja mais forte contra qualquer ameaça potencial.

"A única forma de a NATO se tornar mais forte e mais viável é se os nossos parceiros, os Estados-nação que compõem esta importante aliança, tiverem mais capacidade", acrescentou.

O chefe da diplomacia norte-americana disse que espera sair de Bruxelas com um compromisso claro dos aliados de gastarem 5% do seu PIB na defesa - um aumento em relação aos atuais 2%, que alguns países europeus, como a Bélgica, a Itália e a Espanha, ainda não conseguem cumprir.

"Compreendo que as políticas internas, após décadas de construção de uma vasta rede de segurança social, não estão orientadas para retirar fundos a essa rede e investir mais na segurança nacional. Mas o facto de haver uma guerra terrestre em grande escala no coração da Europa é algo que nos alerta para a necessidade de ter poder de dissuasão", disse Rubio.

A aliança transatlântica está a avaliar as atuais lacunas de capacidade antes de se comprometer com um novo objetivo de despesa com a defesa, mas não se espera um valor final até à cimeira anual da NATO marcada para junho, em Haia.

Rutte: "Aumento das despesas para os 5% não se faz em um ou dois anos"

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, sublinhou que os membros europeus da NATO se comprometeram recentemente com o maior aumento das despesas com a defesa desde o fim da Guerra Fria, embora concorde com os EUA que é necessário fazer mais. "Presumo que o que temos de gastar, os canadianos e os europeus em conjunto, será cerca de 3%", afirmou o antigo primeiro-ministro neerlandês, à entrada para a reunião de dois dias dos ministros dos Negócios Estrangeiros da aliança, em Bruxelas.

Rubio sublinhou que o aumento das despesas com a defesa para 5% não pode ser feito "num ano ou dois", mas que os EUA exigem agora uma verdadeira via de progresso aos seus aliados para construir uma NATO mais forte e capaz de defender os seus territórios.

O líder da NATO alertou também para o facto de as ameaças à segurança global enfrentadas pela Aliança estarem cada vez mais interligadas e de a ameaça russa persistir durante muitos anos: "Estamos atentos ao que a China está a fazer. Vemos como estes dois teatros, o Pacífico e o euroatlântico, estão cada vez mais ligados pelo facto de os russos estarem a trabalhar em conjunto com os norte-coreanos, com os chineses e com o Irão", disse Rutte.

Os membros europeus da NATO também esperam mensagens claras ou um roteiro de Rubio relativamente à retirada das tropas dos EUA da Europa, onde estão estacionados cerca de 100.000 soldados americanos. No entanto, o secretário de Estado norte-americano ainda não abordou a questão e Rutte indicou que não está prevista qualquer retirada imediata.

"Não há planos para que os EUA reduzam subitamente a sua presença aqui na Europa, mas sabemos que, sendo os Estados Unidos a superpotência que são, têm de estar presentes em mais do que um teatro de operações", afirmou Rutte.

Alguns membros da NATO consideram que os EUA poderiam reduzir a sua presença em cerca de 20.000 a 50.000 soldados.

O secretário-geral da NATO reconheceu que os EUA há muito que procuram direcionar a sua atenção para o Indo-Pacífico, mas garantiu que isso será feito "de uma forma muito coordenada".

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