Donald Trump afirmou que as negociações sobre o cessar-fogo na Ucrânia se revelaram mais complicadas do que se pensava e que Putin é "mais difícil" do que se esperava.
O presidente dos Estados Unidos da América referiu, durante uma conferência de imprensa na cimeira da NATO em Haia, a possibilidade do presidente russo Vladimir Putin invadir outros países após a invasão total da Ucrânia.
Trump foi questionado sobre se considerava Putin como um inimigo e se acreditava que o russo tinha ambições territoriais para além da Ucrânia, ao que respondeu, "é possível."
"Considero-o [a Putin] uma pessoa mal orientada", disse.
Trump adiantou ainda que Putin lhe telefonou para oferecer ajuda na resolução do recente conflito no Médio Oriente e para agir como interlocutor entre os EUA, Israel e o Irão. "Ele telefonou no outro dia [e] disse «posso ajudá-lo com o Irão?», eu disse que não, pode ajudar-me com a Rússia", disse Trump.
Trump já indicou anteriormente que está em contacto regular com Putin, especialmente em relação à Ucrânia.
"Eu sei uma coisa. Ele gostaria de chegar a um acordo e gostaria de sair desta situação. É uma confusão para ele. Eu disse «ajudem-me a chegar a um acordo convosco» - e penso que o vamos fazer em breve", disse aos jornalistas.
No início do seu segundo mandato na Casa Branca, Trump anunciou que negociaria o fim da invasão russa na Ucrânia em 24 horas, mas disse aos jornalistas na cimeira da NATO que estava a ser sarcástico e que as negociações são "mais difíceis do que se pensava" e que "Putin é mais difícil."
Trump disse também que teve uma "boa" reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy à margem da cimeira e que iria "ver" se os EUA poderiam fornecer à Ucrânia sistemas de defesa aérea Patriot no futuro.
Todos os 32 aliados da NATO concordaram em aumentar as despesas com a defesa para 5% do PIB no prazo de dez anos, durante a cimeira de dois dias em Haia.
Trump afirmou que se trata de uma "grande vitória" para os EUA e o Ocidente.