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Von der Leyen sobrevive a moção de censura

Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, discursa durante uma sessão no Parlamento Europeu, quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, discursa durante uma sessão no Parlamento Europeu, quarta-feira, 22 de janeiro de 2025 Direitos de autor  Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved.
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De Jeremy Fleming-Jones & Romane Armangau & Vincenzo Genovese & Jorge Liboreiro
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Com 360 votos contra, 175 a favor e 18 abstenções, a moção de censura à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi rejeitada.

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Ursula von der Leyen e a Comissão Europeia sobreviveram a um voto de desconfiança no Parlamento Europeu, com 175 eurodeputados a votarem a favor da moção de censura, 360 contra e 18 abstenções.

Os votos a favor ficaram muito aquém da maioria de dois terços dos votos expressos necessária para que a moção fosse aprovada.

Votação no hemiciclo do Parlamento Europeu
Votação no hemiciclo do Parlamento Europeu Euronews

Olhando para a distribuição dos votos, é possível, através da imagem apresentada verificar que as secções ocupadas pelo Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, pelos liberais do Renew Europe, pelos Socialistas e Democratas (S&D) e pelos Verdes estão maioritariamente a vermelho, o que indica um voto contra a moção.

Os votos a favor são, maioritariamente, dos Patriotas pela Europa (PfE) e do Europeu das Nações Soberanas (ENS), os dois grupos de extrema-direita no Parlamento. Também é possível verificar alguns votos a favor do grupo de direita Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), que se dividiu internamente, e de eurodeputados não-inscritos, que se sentam no topo do hemiciclo.

Foram registados também alguns votos a favor vindos do grupo da Esquerda, que tem sido muito críticos em relação a von der Leyen desde o início da sua presidência.

Von der Leyen agradece e diz que UE precisa de "força, visão e capacidade de ação"

Numa breve mensagem nas redes sociais, Ursula von der Leyen agradeceu aos legisladores que apoiaram a sua presidência e apela à unidade para enfrentar a multiplicidade de desafios que afetam a União Europeia.

"Num momento de volatilidade e imprevisibilidade global, a UE precisa de força, visão e capacidade de ação. Precisamos de todos para responder aos nossos desafios comuns. Juntos", afirmou nas redes sociais.

"Quando as forças externas procuram desestabilizar-nos e dividir-nos, é nosso dever responder de acordo com os nossos valores. Obrigada e viva a Europa".

A moção de censura, a primeira no Parlamento Europeu em mais de uma década, foi apresentada contra a presidente da Comissão Europeia por um grupo de deputados de extrema-direita. Nos termos do Regimento do Parlamento Europeu, uma moção de censura contra a Comissão pode ser apresentada à presidente do Parlamento por um décimo dos membros que o compõem, ou seja, 72 eurodeputados.

Von der Leyen, que não estava presente no hemiciclo durante a votação, está a salvo, pelo menos por enquanto. Mas a votação enfraqueceu-a e deixou dúvidas quanto ao apoio à sua agenda no Parlamento.

O grupo dos Socialistas e Democratas exigiu uma promessa sobre o próximo orçamento de longo prazo em troca do seu apoio, que será posta à prova na próxima semana, quando a proposta da Comissão for publicada.

Os grupos de direita Patriotas pela Europa e Europa das Nações Soberanas, bem como muitos dos Conservadores e Reformistas Europeus e algumas delegações de esquerda, votaram a favor da moção.

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