Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Última hora. André Ventura não queria, mas vai mesmo ser candidato à Presidência da República

André Ventura não queria mas vai mesmo ser candidato à Presidência da República
André Ventura não queria mas vai mesmo ser candidato à Presidência da República Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Diana Rosa Rodrigues
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button

“Não desejei ser candidato nestas eleições”, afirmou o líder do Chega ao anunciar a sua candidatura a Belém. André Ventura reconhece o risco da eleição mas diz que o partido não pode ignorar os seus apoiantes e lamentou não ter convencido Pedro Passos Coelho a assumir uma candidatura.

PUBLICIDADE

Depois de várias semanas de especulação, André Ventura confirmou hoje a sua candidatura à Presidência da República, uma decisão que, segundo o líder do Chega não foi desejada mas necessária.

"Não desejei ser candidato nestas eleições", afirmou André Ventura no anúncio oficial da sua candidatura a Belém, alegando que o segundo maior partido político "não pode deixar em silêncio" estas eleições. "O Chega não pode ignorar os seus apoiantes e militantes”, reforçou.

Ao reconhecer que esta não era uma candidatura desejada, André Ventura reconheceu também que falhou em encontrar uma alternativa política.

"Durante os últimos meses procurei garantir que o Chega tinha um candidato à altura das suas aspirações  - alguém que nos levasse à segunda volta", explicou o líder do Chega. "Falhei em encontrar essa alternativa", confirmou, lembrando que tinha outro nome em mente para liderar as aspirações do Chega a Belém.

“Tinha preferido que Pedro Passos Coelho fosse candidato à Presidência da República”, afirmou.

Armas apontadas a Gouveia e Melo

André Ventura assume-se como o candidato antissistema, assegurando as bandeiras anticorrupção e anti-imigração que diz faltarem aos restantes candidatos. Sobre os adversários, nomeadamente Gouveia e Melo, Marques Mendes e António José Seguro, garantiu que "nenhum dos três pode dizer ou afirmar que pode representar o rompimento e a quebra com o sistema".

As críticas vão ainda mais longe quando o nome é Gouveia e Melo, candidatura que ponderou apoiar e que agora pede desculpa por tê-lo feito: “Queria pedir desculpa. Não sabia que traria o pior que o sistema tem.”

“Eleições serão entre candidatura antissistema e uma candidatura do almirante Gouveia e Melo, representante do espaço socialista. Há um candidato antissistema e um candidato que acontece ser militar e que vai representar centro político", afirmou André Ventura, acusando o candidato independente se alinhar com PS e PSD.

Além disso, Ventura explicou que não poderia deixar o partido com uma candidatura mais fraca, sob pena de acusações futuras em caso de derrota eleitoral.

"O sistema cria candidatos fracos para podermos apoiar. Para dizer que o Almirante Gouveia e Melo foi buscar o nosso eleitorado, que Marques Mendes afinal não era assim um candidato tão mau, ou que até os votos que o Partido Socialista transferiu para o Chega voltaram para António José Seguro. Queriam uma candidatura fraca da nossa parte. Nunca, nunca, permitirei conscientemente, deliberadamente, que o Chega tenha candidaturas para perder ou fracas", reforçou.

A decisão de André Ventura acontece depois de o líder do Chega ter ouvido o partido numa reunião do Conselho Nacional, que decorreu no Fórum Lisboa na passada sexta-feira, dia 12 de setembro. 

A candidatura de Ventura parecia um dado adquirido até às eleições legislativas antecipadas, nas quais o Chega alcançou um resultado histórico ao tornar-se na segunda força política e líder da oposição. Na altura, Ventura optou por recuar no anúncio oficial enquanto o partido avaliava outras alternativas.

O líder do Chega junta-se assim a uma lista, já longa, de candidatos onde estão também o Almirante Henrique Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes, João Cotrim de Figueiredo, António José Seguro, António Filipe e Catarina Martins.

Ventura foi candidato a presidente da República em 2021, quando Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito para o segundo mandato em Belém. Na altura, o líder do Chega obteve 11,90% dos votos, ficando em terceiro lugar, atrás de Ana Gomes.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Catarina Martins anuncia candidatura à Presidência da República

João Cotrim de Figueiredo anuncia candidatura à Presidência da República

Almirante Gouveia e Melo confirma candidatura à Presidência da República