A revelação foi feita esta sexta-feira, depois de o Palácio do Eliseu ter anunciado que um grupo de dez países iria fazer esse reconhecimento numa conferência conjunta em Nova Iorque, à margem da Assembleia-geral da ONU. França e Portugal estão entre os países enunciados.
Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina já no domingo.
O Governo português confirmou a indicação já dada pelo Palácio do Eliseu, que informou esta tarde que um grupo de dez países, onde se incluem Portugal e França, iriam fazer o recohecimento conjunto do Estado palestiniano. Tal iria acontecer durante uma conferência conjunta na segunda-feira em Nova Iorque, realizada à margem da Assembleia-geral das Nações Unidas.
Segundo informou o executivo, no caso de Portugal, a "Declaração Oficial de Reconhecimento terá lugar no domingo, dia 21 de Setembro".
França é o país motor que se encontra por detrás da iniciativa conjunta. Além da nação liderada por Emmanuel Macron e Portugal, irão reconhecer o Estado da Palestina outros países como "Andorra, Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e São Marino", segundo afirmou um conselheiro do presidente francês.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel já tinha adiantado, no passado dia 15 de setembro, que Portugal estaria próximo de avançar com tal iniciativa, uma vez que não havia sida identificado qualquer obstáculo ao reconhecimento da Palestina como Estado.
Macron confirma reconhecimento da Palestina
O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou que o país vai mesmo reconhecer o Estado da Palestina na segunda-feira.
"Este reconhecimento faz parte de um plano de paz abrangente para a região, com o objetivo de satisfazer as aspirações tanto dos israelitas como dos palestinianos em matéria de segurança e paz", afirmou o presidente francês numa publicação na rede social X.
Esta informação foi transmitida diretamente pelo líder francês ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, com quem falou esta sexta-feira depois das autoridades palestinianas terem detido o suspeito de um ataque antissemita em território francês em 1982, que matou seis pessoas.
"Primeiro, agradeci-lhe pela excelente cooperação que levou à detenção de um dos principais autores do terrível ataque terrorista na Rue des Rosiers. Concordámos em trabalhar em conjunto para garantir a sua extradição o mais rapidamente possível", informou Emmanuel Macron.