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Europa precisa de realinhar estratégia contra drones, diz general de topo da UE

Europa precisa de realinhar estratégia contra drones, diz general de topo da UE
Europa precisa de realinhar estratégia contra drones, diz general de topo da UE Direitos de autor  Euronews
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De Stefan Grobe & Lauren Walker
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Em entrevista à Euronews, o presidente do Comité Militar da UE, o general Seán Clancy, fala sobre a preparação da Europa para lidar com ataques com drones e cibernéticos.

A utilização de drones na guerra na Ucrânia e a violação do espaço aéreo da UE por parte dessas aeronaves exigem um realinhamento da estratégia de defesa, de acordo com o principal oficial militar do bloco.

Todas as estruturas militares, políticas e económicas da UE devem estar preparadas e prontas para se defender, referiu o presidente do Comité Militar da UE (CEUMC), o general irlandês Seán Clancy, à Euronews.

Para tal, a UE e a aliança da NATO precisam de trabalhar em conjunto e de forma mais estreita.

"É necessária uma relação mais forte entre a UE e a NATO. É necessária coerência. É necessário eliminar, na medida do possível, a duplicação de esforços. E a Iniciativa de Defesa contra Drones visa, na verdade, criar uma maior coesão entre a sociedade civil, as forças armadas e os aliados, neste caso, claro", afirmou. "E a estrutura de comando e de controlo da NATO, e o papel da NATO em termos de defesa e dissuasão na Europa, são invioláveis."

Para melhor reagir às ameaças híbridas, a UE lançou a Iniciativa de Defesa contra Drones, explicou Clancy. O objetivo passa por reforçar a resiliência da Europa contra ameaças militares e híbridas emergentes, ao mesmo tempo que se reforça a autonomia estratégica e a prontidão operacional.

Estabelece uma rede multicamada capaz de detetar, rastrear e neutralizar drones hostis, ao mesmo tempo que oferece capacidades de ataque de precisão através de plataformas avançadas de drones. Baseando-se amplamente na experiência da Ucrânia no campo de batalha, estará intimamente ligada à proposta Aliança de Drones com a Ucrânia.

A sua dimensão de dupla utilização permitiria aplicações em contextos civis, tais como a proteção de fronteiras e a resposta a catástrofes. Prevê-se que seja lançada na primavera de 2026, atinja a capacidade operacional inicial no final de 2026 e esteja totalmente funcional no final de 2027.

Com este instrumento, a Europa reconhece a necessidade de uma abordagem coesa em toda a Europa, uma vez que a utilização de drones enquanto arma foi observada na Dinamarca, Bélgica ou Polónia.

"Esta é uma questão pan-europeia. E as ameaças híbridas não têm fronteiras. Não fazem distinção quando se trata de atores maliciosos ou ações deliberadas que são realizadas nesta esfera", afirmou Clancy. "Portanto, trata-se de criar uma abordagem coesa em toda a Europa. A primeira e principal responsabilidade, claro, recai sobre cada Estado-membro."

A invasão russa da Ucrânia resultou numa combinação de guerra de trincheiras com a utilização de drones que impediu a linha da frente de avançar a um ritmo significativo, afirmou Clancy.

É por isso que a Europa tem de se preparar para a próxima fase de evolução da guerra, de modo a garantir que o bloco dispõe dos recursos necessários para a investigação, o desenvolvimento e a inovação, acrescentou.

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