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A Europa é o nosso destino, diz presidente do Kosovo à Euronews

ARQUIVO: O Presidente do Kosovo, Vjosa Osmani, chega à Cimeira da Comunidade Política Europeia (CPE) na Arena Puskas, em Budapeste, a 7 de novembro de 2024
ARQUIVO: O Presidente do Kosovo, Vjosa Osmani, chega à Cimeira da Comunidade Política Europeia (CPE) na Arena Puskas, em Budapeste, a 7 de novembro de 2024 Direitos de autor  AP Photo
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A presidente do Kosovo, Vjosa Osmani, disse ao programa matutino Europe Today, da Euronews, que a adesão à UE continua a ser um "imperativo estratégico" e de segurança para Pristina, apesar de esta não ser uma verdadeira candidata a membro do bloco de 27 membros.

A adesão à UE é o "destino" do Kosovo, disse a presidente Vjosa Osmani ao programa matinal Europe Today, da Euronews, sublinhando o seu total alinhamento com os valores do bloco.

"Como identidade, como país, como nação, há séculos que contribuímos para os valores em que assenta a União Europeia", afirmou Osmani. "Embora se trate de um processo muito complexo, se forem utilizados critérios baseados no mérito, o Kosovo já estaria na linha da frente".

O Kosovo candidatou-se à adesão à UE em dezembro de 2022, mas detém apenas o estatuto de potencial candidato, sendo o seu caminho para a adesão complicado pelo não reconhecimento de cinco Estados da UE e pela necessidade de um acordo político com a Sérvia, que se recusa a reconhecer a independência da sua antiga província, declarada em 2008 - um diálogo que Bruxelas tem facilitado há mais de uma década.

Entretanto, o Kosovo continua 100% alinhado com a política externa e de segurança da UE, "quer se trate de sanções contra a Rússia ou contra outros adversários do mundo ocidental e do que a UE representa atualmente", disse Osmani à Euronews.

De acordo a presidente, o Kosovo é também um dos países dos Balcãs Ocidentais com melhor desempenho em termos de reformas económicas e administrativas.

"Obviamente que ainda há algumas coisas e alguns trabalhos de casa que temos de completar, mas penso que se não houvesse complicações políticas que não têm nada a ver com as reformas, teríamos sido absolutamente os primeiros", disse Osmani.

A Rússia e a China têm procurado expandir a sua influência nos Balcãs Ocidentais nos últimos anos, com Moscovo a manter o seu interesse e Pequim a investir fortemente em projetos de infraestruturas na região.

E se a UE não mantiver a sua influência nos Balcãs Ocidentais, "alguém virá, não por caridade, mas porque tem interesses estratégicos na região", avisou Osmani.

Neste contexto, o Kosovo apoia a adesão da Ucrânia à UE como "um imperativo de segurança", disse Osmani. No entanto, os kosovares gostariam que a Ucrânia "concluísse todas as reformas que são exigidas" aos outros candidatos, acrescentou.

Na avaliação deste ano dos países candidatos, a Comissão Europeia elogiou o empenhamento do Kosovo na adesão à UE, mas observou que as eleições e o impasse político atrasaram as reformas. Bruxelas sublinhou que a normalização das relações com a Sérvia é essencial.

O Kosovo tem estado recentemente mergulhado numa crise política, depois de os partidos terem falhado repetidamente a formação de um governo na sequência das eleições de fevereiro. A 28 de dezembro, realizar-se-ão eleições legislativas antecipadas.

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