Projeto AnDy: Um companheiro para casa e para o trabalho

O projeto AnDy investiga comportamentos humanos para ensiná-los a robôs.
O objetivo é fazer dos humanóides parceiros no trabalho. Poderão ser úteis em setores como a indústria ou os cuidados de saúde.
Os investigadores do Instituto Italiano de Tecnologia, em Génova, procuram que a interação entre pessoas e humanóides seja o mais eficiente possível.
O projeto AnDy é possível graças ao Programa de Inovação e Investigação Horizon 2020, da União Europeia.
A equipa desenvolve um conjunto de programas cujo objetivo é permitir que os robôs aprendam a anticipar os comportamentos humanos. E que funcionem de forma estável e autónoma.
Os robôs que desenvolvem têm um conjunto de sensores que permitem que entendam, por exemplo, como se mexem as pessoas. Por outro lado, detetam a presença humana graças à visão.
E apercebem-se do contacto com os humanos, durante uma determinada interação, graças à pele, ou ao que substitui a pele.
Para que entenda as ações humanas, o robô precisa de sensores. Sensores que são integrados numa espécie de fato tecnológico. Permitem uma deteção muito rápida dos movimentos das pessoas, permitindo que o humanóide reaja de forma rápida e em tempo real.
Um algoritmo permite calcular a chamada dinâmica do Humano, ou seja intensidade do esforço humano. A informação é depois transmitida ao robô.
No futuro, espera-se que o robô possa prevêr os nossos movimentos e ajudar-nos em tarefas que poderão ser partilhadas. A aprendizagem dos movimentos dos humanos pode ser útil em vários setores profissionais.
Estes robôs têm uma capacidade muito particular: a de recolher dados e de associar uma imagem a um determinado elemento. Algo que pode ser feito, por exemplo, por assimilação sonora, sem a necessidade de intervenção de um ténico. Em termos, práticos, como um diálogo entre pessoas e máquina.
E como podemos falar com o robô, podemos dar-lhe ordens, ou seja, explicar-lhe, por exemplo, o que é um telefone. Deste forma, seguindo o mesmo mecanismo, qualuer pessoa que interaja com o robô vai conseguir explicar-lhe tudo o que precisa de saber.
Os investigadores procuram também que os robôs tenham expressões faciais. É mais agradável interagir com um humanóide capaz de gerar empatia. Seja qual for o contexto.
Os investigadores do Instituto Italiano de Tecnologia dizem que procuram que os robôs adquiram um conjunto de capacidade cognitivas integradas.
É fundamental que possam aperceber-se da presença do Ser Humano e integrar essa perceção com as capacidades motoras. Um objetivo que esperam atingir dentro de 10 a 15 anos.
A equipa de cientistas do ITI explicou também à Euronews que, por agora e durante muito tempo, a colaboração entre robôs e humanos será possível em determinados limites.
Não será, para já, possível esperar que os humanóides substituam totalmente as pessoas, nem no trabalho, nem em casa.