Nestore, o amigo digital dos seniores

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De  Jeremy Wilks
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Desenvolvido pelos cientistas do Politécnico de Milão e financiado pela União Europeia, este assistente digital pretende ajudar os maiores de 65 anos a ter uma vida mais saudável.

Todos queremos permanecer em forma e bem à medida que envelhecemos. Engenheiros e designers em Milão estão a trabalhar num novo sistema de coaching personalizado que visa manter-nos saudáveis na mente, corpo e alma - pelo menos, é essa a teoria. Vamos até aos Países Baixos, para nos encontrarmos com um homem que a está a testar este sistema pela primeira vez.

Cor tem sessenta e sete anos de idade e é um dos 30 holandeses que vão testar o novo sistema personalizado, chamado Nestore.

Hoje a cientista Canan Ziylan, da Universidade de Roterdão, está a mostrar-lhe os dispositivos que irão monitorizar tudo, desde a nutrição ao contacto social, capacidade cognitiva, sono e aptidão física. A ideia do projeto Nestore, financiado pela União Europeia, é promover o envelhecimento ativo.

O ensaio vai testar se os utilizadores gostam: "Pensamos que agora temos todos os elementos para chegar a uma abordagem holística. Mas resta saber se também é aceitável para os próprios seniores. Vamos ver se eles também gostam ou não", explica Ziylan.

O sistema irá recolher vários tipos de dados - um exemplo: Cor diz a Nestore o que come, enquanto um sensor no frigorífico monitoriza a atividade.

Cor está de boa saúde, e mantém uma mente aberta à medida que o teste se aproxima: "Não pretendo mudar todo um estilo de vida, mas tenho de ouvir atentamente o que está a ser dito pelo equipamento e ter isso em conta. Mas isso não significa que eu vá mudar a minha rotina o dia todo. Isso não me parece uma boa ideia", diz o sexagenário.

É no Politécnico de Milão, em Itália, que as equipas de design e engenharia estão a desenvolver o Nestore.

Os sensores ligados irão monitorizar Cor e os seus contactos sociais e oferecer um feedback sobre como melhorar o estilo de vida.

A equipa está particularmente concentrada na adaptação ao público-alvo com mais de 65 anos: "Tentámos compreender como a pessoa sénior agia e interagia com este objeto para compreender quais eram os seus movimentos para o fechar e adaptá-lo ao pulso", diz Martina Scagnoli, investigadora desta universidade que participa no projeto.

Desenvolver um sistema que adota uma abordagem holística - cuidar da mente, corpo e alma de uma pessoa, sem ser invasivo - é um enorme desafio.

Parte disso é garantir que é fácil de usar, como diz Giuseppe Andreoni: "A simplicidade de utilização é, na realidade, um conceito tão simples como complexo. Não está na redução do número de botões, mas sim no tipo de interação, na intuitividade, no objeto que responde exactamente como se espera que responda, pelo que esta intuitividade de interação é fundamental".

De volta aos Países Baixos, e encontramo-nos com Cor no clube local.

A equipa do projeto Nestore está empenhada em que os voluntários sejam os verdadeiros juízes de saber se este sistema de envelhecimento ativo e saudável realmente funciona.

"Claro que nós, como profissionais ou investigadores, pensamos que a abordagem holística é a melhor, mas será que o é para os próprios participantes? As nossas conclusões vão depender das experiências que cada um vai ter", conclui Canan Ziylan.

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