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Primeiros chips europeus de alto desempenho vão ser fabricados em Dresden

Primeiros chips europeus de alto desempenho vão ser fabricados em Dresden
Primeiros chips europeus de alto desempenho vão ser fabricados em Dresden Direitos de autor Robert Michael/(c) dpa-Zentralbild
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De  Cynthia Kroet
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Artigo publicado originalmente em inglês

A Comissão Europeia apoia o auxílio estatal alemão destinado a apoiar a "primeira instalação do género".

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A European Semiconductor Manufacturing Company (ESMC), uma nova fábrica de microchips que será construída em Dresden, na Saxónia, Alemanha, será a primeira a produzir os chamados chips de alto desempenho na UE, afirmou esta terça-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante uma visita à fábrica que começa a nascer.

"Este novo centro é considerado, ao abrigo da Lei Europeia dos Chips, como uma instalação pioneira. Irá fabricar produtos que não estão presentes ou planeados em nenhuma outra instalação na Europa. Isto significa que esta instalação também tem direito a apoio financeiro nacional", afirmou Von der Leyen, acrescentando que a Comissão Europeia aprovou uma medida alemã de cinco mil milhões de euros para apoiar a ESMC na construção e funcionamento da sua fábrica.

A nova fábrica produzirá os chamados chips de alto desempenho, utilizando a tecnologia de transístores de efeito de campo ("FinFET") e permitindo a integração de várias características adicionais num chip. Os semicondutores produzidos irão oferecer um melhor desempenho e, simultaneamente, reduzir o consumo total de energia.

Prevê-se que a ESMC - uma empresa comum entre a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), a Bosch, a Infineon e a NXP - esteja a funcionar a plena capacidade em 2029 e que produza 480.000 chips - utilizados em aplicações automóveis e industriais.

A medida visa reforçar a segurança do aprovisionamento, a resiliência e a soberania digital da Europa no domínio das tecnologias de semicondutores, em conformidade com a Lei Europeia dos Chips. O Ato, que entrou em vigor em setembro do ano passado, visa duplicar a atual quota de 10% do mercado mundial de microchips até 2030. Em 2020, foram fabricados cerca de um bilião de microchips em todo o mundo.

Até à data, a Lei dos Chips já atraiu compromissos de investimentos públicos e privados na ordem dos 115 mil milhões de euros, acrescentou Von der Leyen.

A Saxónia - onde a indústria de semicondutores teve início na década de 1960 - alberga cerca de 2 5000 empresas e fábricas de semicondutores, incluindo as da Bosch, Infineon, Globalfoundries e X-FAB. Os chips permitem avanços tecnológicos em setores como os cuidados de saúde, a computação em nuvem, a defesa e as energias limpas.

Von der Leyen anunciou também que, no seu novo mandato na Comissão, irá tomar novas medidas para impulsionar a competitividade industrial da Europa, criando um Fundo Europeu para a Competitividade para investir em tecnologias estratégicas, nomeadamente no domínio dos chips e das embalagens avançadas.

Nos primeiros 100 dias da nova Comissão, será também proposto um novo acordo industrial limpo, para garantir o acesso a energia e matérias-primas baratas. Além disso, será criada uma "União de Competências" para garantir que os trabalhadores recebam a formação de que necessitam para estes empregos.

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