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A Grécia e o desafio das guerras da cibersegurança

Guerra digital entre o Ocidente e o Oriente
Guerra digital entre o Ocidente e o Oriente Direitos de autor  Jenny Kane/AP
Direitos de autor Jenny Kane/AP
De Theodora Iliadi
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A guerra digital entre o Ocidente e o Oriente está em pleno andamento. O comandante da Autoridade Nacional da Cibersegurança analisa o papel da Grécia na fronteira oriental.

Numa era em que a guerra digital não conhece fronteiras, o Ocidente e o Oriente estão agora em confronto num ciberespaço invisível mas implacável - da China e da Rússia ao Irão e à Coreia do Norte. Mas qual é o papel da Grécia neste ambiente?

"Desempenhamos muito bem o nosso papel na fronteira, no canto sudeste da Europa. Gostaríamos muito que as fronteiras da Europa fossem mais a leste, mas infelizmente não vemos condições para que isso aconteça num futuro próximo, por isso vamos necessariamente desempenhar este papel e já o estamos a desempenhar. Seria bom que os outros países o reconhecessem mais do que o fazem atualmente", afirmou Michael Bletsas, Comandante da Autoridade Nacional de Cibersegurança.

Dada a localização geográfica da Grécia, as ameaças que enfrenta são diferentes das dos Estados Bálticos.

De acordo com o alto responsável, "no nordeste da Europa, no Mar Báltico, temos atualmente vários incidentes que podem ser claramente caracterizados como guerra híbrida. Temos sabotagens, ataques a infraestruturas, aeroportos encerrados, cabos cortados. Aqui ainda não temos este tipo de incidentes. Aqui temos demasiada cibercriminalidade. Neste momento, é o mais visível. Temos demasiado ciberativismo, vandalismo, sobretudo ataques de negação de serviço, mas que não causam danos permanentes e que são facilmente resolvidos. Temos uma grande quantidade de cibercrime, que está a aumentar cada vez mais porque a utilização da inteligência artificial dá capacidades adicionais aos criminosos. Neste momento, assistimos a um grande aumento dos ataques e, claro, temos muita espionagem_"._

A grande questão é saber se a Grécia pode manter-se neutra no conflito digital entre o Oriente e o Ocidente.

**"**Não há neutralidade. Perdemo-la aqui e em demasia. Atenas tem de lidar com mais um vizinho agressivo a leste, que os restantes parceiros europeus não parecem compreender, e que os restantes parceiros europeus consideram muito hostil. É aí que surgem várias questões.Separar o mundo físico do mundo digital é a mesma coisa. Devemos pensar na segurança nos mesmos termos de automatização com que pensamos no mundo físico. Só assim estaremos seguros", afirma Bletchas.

A guerra digital não é uma guerra do futuro - é uma guerra de agora. E a Grécia, quer queira quer não, já está nela. Por isso, a questão não é se vai participar, mas em que termos, com que alianças e com que grau de preparação.

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