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Spotify investiga violação de dados após grupo pirata alegar ter extraído a sua biblioteca musical

Arquivo - Um posto de negociação ostenta o logótipo do Spotify no piso da Bolsa de Nova Iorque
Arquivo - Posto de negociação ostenta o logótipo do Spotify no piso da Bolsa de Nova Iorque Direitos de autor  AP Photo/Richard Drew
Direitos de autor AP Photo/Richard Drew
De Anca Ulea
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Grupo de ativistas piratas diz ter copiado o catálogo do Spotify e publicado metadados de 256 milhões de faixas. A plataforma diz estar a monitorizar o incidente.

A plataforma de streaming Spotify confirmou, na segunda-feira, que a sua biblioteca foi alvo de raspagem por terceiros, depois de um grupo ativista ligado à pirataria afirmar ter divulgado metadados de todo o catálogo musical da plataforma.

Segundo uma publicação no blogue do motor de busca de código aberto Anna’s Archive, a divulgação inclui metadados de 256 milhões de faixas e 86 milhões de ficheiros de áudio, representando cerca de 99,6% das audições.

Os ficheiros abrangem música colocada na plataforma entre 2007 e 2025, acrescenta a publicação.

"É o primeiro 'arquivo de preservação' de música totalmente aberto (ou seja, pode ser facilmente espelhado por quem tiver espaço em disco suficiente)", referiu a publicação.

Um porta-voz do Spotify confirmou o acesso não autorizado à sua biblioteca, acrescentando que o terceiro 'usou táticas ilícitas para contornar a gestão de direitos digitais (DRM) e aceder a alguns ficheiros de áudio da plataforma'.

"O Spotify identificou e desativou as contas de utilizador maliciosas que recorreram a raspagem ilegal. Implementámos novas medidas de proteção contra este tipo de ataques aos direitos de autor e estamos a monitorizar ativamente comportamentos suspeitos", acrescentou depois o porta-voz, em declarações à Euronews Next.

O porta-voz disse não haver indicação de que dados de utilizadores não públicos tenham sido comprometidos na intrusão, e que os únicos dados relacionados com utilizadores envolvidos dizem respeito a listas de reprodução públicas criadas pelos utilizadores.

O Spotify não especificou a quantidade de dados extraída. Os piratas informáticos disseram que o volume total é "um pouco inferior a 300 TB" e que será distribuído, em torrents massivos, por redes de partilha de ficheiros ponto-a-ponto.

O Anna’s Archive afirma que a sua missão é "preservar o conhecimento e a cultura da humanidade". O motor de busca para "bibliotecas-sombra" tem estado até agora focado em livros e outros textos.

"Esta raspagem do Spotify é a nossa modesta tentativa de iniciar um 'arquivo de preservação' para música", refere o texto. "Claro que o Spotify não tem toda a música do mundo, mas é um excelente começo."

Em teoria, qualquer pessoa com conhecimentos técnicos e espaço em disco pode usar o arquivo para criar a sua própria cópia do Spotify. Na prática, quem tentar enfrentará ações judiciais rápidas e severas por parte das editoras discográficas e de outros titulares de direitos.

Uma das maiores preocupações é a possibilidade de empresas de inteligência artificial (IA) usarem os dados para treinar os seus modelos, segundo Yoav Zimmerman, CEO da Third Chair, empresa que rastreia o uso não autorizado de propriedade intelectual.

"Também acabou de se tornar dramaticamente mais fácil para as empresas de IA treinarem em música contemporânea em larga escala", escreveu Zimmerman numa publicação no LinkedIn. "O único travão é a lei dos direitos de autor e o efeito dissuasor da sua aplicação."

O Spotify afirmou que está a trabalhar ativamente com parceiros do setor para proteger os direitos da comunidade criativa.

"Desde o primeiro dia, estamos ao lado da comunidade artística contra a pirataria", partilhou a empresa em comunicado.

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