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'Millennials' e 'Geração X' correm maior risco de contrair 17 tipos de cancro

Millennials e Geração X correm maior risco de contrair 17 tipos de cancro
Millennials e Geração X correm maior risco de contrair 17 tipos de cancro Direitos de autor Copyright Canva
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De  Gabriela Galvin
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Estudo indica que pessoas com intervalo de idades entre os 29 e os 59 anos têm mais probabilidades de desenvolver cancro do que as gerações anteriores, sublinhando os riscos elevados na infância e na idade adulta.

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Os Millennials (geração nascida entre 1981 e 1996) e a Geração X (1965-1980) têm mais probabilidades de desenvolver 17 formas de cancro do que as gerações mais velhas, segundo um novo estudo publicado na revista Lancet Public Health, que sugere que a exposição a agentes cancerígenos e outros fatores de risco é maior hoje do que no passado.

Investigadores da Sociedade Norte-Americana do Cancro (ACS) e da Universidade de Calgary, no Canadá, analisaram dados sobre a incidência de 34 tipos de cancro em cerca de 24 milhões de pessoas e dados sobre a morte provocada por 25 tipos de cancro em mais de sete milhões de pessoas, nascidas entre 1920 e 1990.

Após o estudo, concluíram que o período de nascimentos de 1990 tinha taxas de cancro muito mais elevadas do que as gerações anteriores, variando entre uma incidência 12% mais elevada de cancro do ovário e uma incidência 169% mais elevada de cancro do endométrio, em comparação com os grupos com as taxas mais baixas.

O grupo de 1990 também registou taxas de incidência duas a três vezes superiores às do grupo de 1955 para os cancros do intestino delgado, da tiroide, do rim e pélvis renal e do pâncreas.

Embora as taxas de mortalidade tenham diminuído ou estabilizado para a maioria dos tipos de cancro entre as gerações mais jovens, abrangidas no estudo, as pessoas mais novas tinham mais probabilidades de morrer de cancro do endométrio, de cancro do fígado e das vias biliares intra-hepáticas nas mulheres, bem como de cancro da vesícula biliar e outros cancros biliares, testiculares e colorretais, em comparação com a geração dos Baby Boomers (1945-1964).

As taxas elevadas entre os Millennials e os "Gen X", sugerem que o fardo do cancro nos EUA continuará a crescer, "travando ou invertendo décadas de progresso contra a doença", afirmou em comunicado Ahmedin Jemal, autor sénior do estudo e vice-presidente sénior da equipa científica de vigilância e equidade na saúde da ACS.

Cerca de 20 milhões de pessoas foram diagnosticadas com cancro em 2022 e 9,7 milhões de pessoas morreram, de acordo com estimativas globais da Organização Mundial de Saúde (OMS).

As formas mais comuns são o cancro do pulmão, o cancro da mama nas mulheres, o cancro colorretal, o cancro da próstata e o cancro do estômago.

Os cientistas já sabiam que as gerações mais jovens apresentavam um risco mais elevado de contrair alguns tipos de cancro, mas o novo estudo acrescenta oito novos cancros à lista: um tipo de cancro do estômago denominado cancro gástrico da cárdia, cancro no intestino delgado, cancro da mama com recetor de estrogénio positivo, cancro do ovário, cancro do fígado nas mulheres, cancro da boca e da faringe não associado ao HPV nas mulheres, cancro anal nos homens e cancro do sarcoma de Kaposi nos homens.

Embora não seja totalmente claro por que razão os níveis de cancro são mais elevados entre as gerações mais jovens, é provável que estes se devam, em parte, a riscos ocorridos durante a infância ou enquanto jovens adultos, segundo os autores do documento.

Os possíveis culpados incluem a exposição a poluentes e outras toxinas ambientais, obesidade, estilos de vida sedentários, dietas pouco saudáveis, ricas em gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados, e maus hábitos de sono.

As pessoas nascidas na mesma geração "partilham ambientes sociais, económicos, políticos e climáticos únicos, que afetam a sua exposição a fatores de risco de cancro durante os seus anos cruciais de desenvolvimento", disse Hyuna Sung, principal autora do estudo e cientista principal de vigilância e ciência da equidade em saúde na ACS.

A análise incluiu pessoas nos EUA, pelo que os resultados podem não se aplicar diretamente a outros países. No entanto, dado que outros países também estão a enfrentar mudanças geracionais nas tendências ambientais e de estilo de vida, os resultados podem oferecer pistas enquanto os investigadores tentam identificar as causas subjacentes da doença.

"Os dados sublinham a necessidade crítica de identificar e abordar os fatores de risco subjacentes nas populações da Geração X e da Geração Y (Millennials) para dar conta das estratégias de prevenção", afirmou Jemal.

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