Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi foram distinguidos “pelas suas descobertas relativas à tolerância imunitária periférica”.
O Prémio Nobel da Medicina foi este ano atribuído a Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell and Shimon Sakaguchi pelo trabalho desenvolvido no âmbito do sistema imunitário e doenças autoimunes.
O anúncio foi feito há momentos, com o comité a distinguir estas personalidades “pelas suas descobertas relativas à tolerância imunitária periférica”.
Segundo informou o prémio, os cientistas aqui premiados "compreenderam como o sistema imunitário é mantido sob controlo" de forma a que não ataque os próprios órgãos, tal como acontece com as doenças autoimunes.
De acordo com o comunicado, "Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi fizeram descobertas revolucionárias sobre a tolerância imunitária periférica, que impede o sistema imunitário de prejudicar o corpo".
"As suas descobertas lançaram as bases para um novo campo de investigação e estimularam o desenvolvimento de novos tratamentos, por exemplo, para o cancro e doenças autoimunes", é possível ler.
Brunkow é gestora sénior de programas no Instituto de Biologia de Sistemas, em Seattle. Ramsdell é um consultor científico da Sonoma Biotherapeutics, em São Francisco. Já Sakaguchi é professor emérito do Centro de Investigação de Fronteiras em Imunologia da Universidade de Osaka, no Japão.
Thomas Perlmann, secretário-geral do Comité Nobel, disse que só conseguiu falar com Sakaguchi por telefone na manhã de segunda-feira, tendo deixado mensagens de voz para Brunkow e Ramsdell.
A tolerância imunológica periférica é uma forma que o corpo tem de ajudar a impedir que o sistema imunológico fique desequilibrado e ataque os seus próprios tecidos em vez de invasores estranhos.
O prémio é o primeiro dos anúncios do Prémio Nobel de 2025 e foi anunciado por um painel no Instituto Karolinska, em Estocolmo.