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Eslovénia rejeita lei da morte assistida para doentes terminais em referendo

Eleitora vota numa assembleia de voto durante o referendo sobre morte assistida para doentes terminais, em Domžale, Eslovénia, a 23 de novembro de 2025
Eleitora deposita o seu voto numa assembleia de voto durante o referendo sobre morte assistida para doentes terminais, em Domžale, Eslovénia, a 23 de novembro de 2025. Direitos de autor  Darko Bandic/AP Photo
Direitos de autor Darko Bandic/AP Photo
De Euronews com AP
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Fica suspensa a lei em vigor, na sequência do resultado da votação, com efeito imediato

Eslovenos rejeitaram no domingo, em referendo, a lei que permitia a doentes terminais pôr fim à vida, segundo resultados preliminares divulgados pelas autoridades eleitorais.

A contagem quase completa mostrou que cerca de 53% votaram contra a lei, enquanto cerca de 46% a apoiaram. Os votos contra representaram também mais de 20% dos 1,7 milhões de eleitores elegíveis na Eslovénia, como exigem as regras eleitorais.

A participação foi de quase 41%, disse a Comissão Estatal Eleitoral.

“A compaixão venceu”, declarou Ales Primc, ativista conservador que liderou a campanha contra a morte assistida.

“A Eslovénia rejeitou a reforma da saúde, das pensões e social do governo baseada na morte por envenenamento”.

O Parlamento do pequeno país da União Europeia aprovou a lei em julho depois de os eleitores a terem apoiado num referendo não vinculativo no ano passado. Primc e outros opositores, contudo, forçaram nova votação sobre o tema após recolherem mais de 40 000 assinaturas.

O resultado de domingo significa que a lei fica agora suspensa. Defensores da morte assistida disseram estar desapontados, mas manifestaram convicção de que será aprovada nova legislação no futuro.

O primeiro-ministro Robert Golob afirmou em comunicado que, embora o diploma tenha sido rejeitado, “o desafio que estamos a enfrentar permanece”.

“Não é uma questão política, sempre foi uma questão de dignidade, direitos humanos e escolha individual”, acrescentou.

A lei previa que pessoas mentalmente capazes, sem possibilidade de recuperação ou em sofrimento insuportável, tivessem direito à morte assistida. Isto significaria que os doentes administrariam eles próprios a medicação letal, após aprovação de dois médicos e um período de aconselhamento.

A lei não se aplicava a pessoas com doenças mentais.

Os defensores, incluindo o governo liberal de Golob, argumentaram que a lei oferece às pessoas a possibilidade de morrer com dignidade e decidir por si como e quando pôr termo ao sofrimento.

Entre os opositores estavam grupos conservadores, algumas associações de médicos e a Igreja Católica. Sustentaram que a lei contrariava a Constituição da Eslovénia e que o Estado deveria antes investir em melhores cuidados paliativos.

A presidente Natasa Pirc Musar afirmou, após votar no domingo, que é “extremamente importante” que os cidadãos vão às urnas “não apenas quando há eleições parlamentares ou presidenciais”.

“É correto que, como indivíduos, digamos o que pensamos sobre determinado tema”, disse. “É correto dizermos aos políticos o que consideramos certo e o que consideramos errado”.

Vários outros países da UE já aprovaram leis semelhantes, incluindo o vizinho da Eslovénia, a Áustria.

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