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Tailândia espera que a UE contribua para o equilíbrio de poderes na região da ASEAN

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Sihasak Phuangketkeow, chega à reunião do Fórum Ministerial Indo-Pacífico da UE no edifício do Conselho Europeu em Bruxelas, 21.11.2025.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Sihasak Phuangketkeow, chega à reunião do Fórum Ministerial Indo-Pacífico da UE no edifício do Conselho Europeu em Bruxelas, 21.11.2025. Direitos de autor  Omar Havana/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Omar Havana/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
De Euronews
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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Sihasak Phuangketkeow, disse à Euronews, à margem de uma reunião da região do Indo-Pacífico, em Bruxelas, que a presença da UE na região da ASEAN ajuda a equilibrar as forças entre os EUA e a China.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Sihasak Phuangketkeow, disse à Euronews, à margem do quarto Fórum Ministerial UE-Indo-Pacífico em Bruxelas, realizado a 20 e 21 de novembro, que uma cooperação mais profunda entre a União Europeia e a região do Indo-Pacífico é essencial, uma vez que a presença da UE traz um equilíbrio de poderes entre os EUA e a China.

Phuangketkeow referiu que as relações com a UE se reforçaram no último ano, nomeadamente através das negociações em curso de um acordo de comércio livre entre a Tailândia e a UE.

As conversações "registaram bons progressos", disse, acrescentando: "Esperamos que, talvez no próximo ano, possamos chegar a uma conclusão". No entanto, questões fundamentais como o acesso ao mercado, os contratos públicos, a propriedade intelectual, bem como as normas ambientais e de direitos humanos, são "questões ainda em cima da mesa".

O ministro afirmou que o Acordo de Parceria e Cooperação UE-Tailândia, que entrou em vigor no ano passado, está a "funcionar muito bem" e que "o setor privado de muitos países da UE está interessado nas oportunidades". A localização estratégica da Tailândia no Sudeste Asiático faz dela uma "plataforma" para o investimento na região.

De acordo com Phuangketkeow, a Tailândia está atualmente a fazer a transição para uma economia mais digitalizada e mais ecológica, áreas em que acredita que "a UE tem muito a oferecer à Tailândia e aos outros países da ASEAN".

A UE como equilíbrio de poder

Questionado sobre a possibilidade de a UE ser um parceiro fiável para a Tailândia, de forma a servir de contrapeso à influência crescente da China no Sudeste Asiático, Phuangketkeow afirmou que a Tailândia apoia um mundo multipolar e procura relações construtivas com todas as grandes potências.

A China continua a ser o maior parceiro comercial da Tailândia, enquanto o empenhamento dos EUA é considerado vital para a segurança regional. No entanto, o ministro manifestou também a sua preocupação com a crescente aplicação de direitos aduaneiros por parte de Washington: "Também estamos preocupados com as políticas de direitos aduaneiros e de protecionismo por parte dos Estados Unidos e pensamos que isso não ajuda o sistema comercial multilateral".

Por outro lado, congratulou-se com o maior envolvimento da UE, em termos económicos, políticos e de segurança, argumentando que contribui para uma dinâmica de poder regional mais equilibrada.

Planos de política externa da Tailândia

Por último, Phuangketkeow delineou as novas prioridades da política externa da Tailândia, que envolvem principalmente a promoção da paz na região, a resolução da crise em curso em Myanmar, a resolução das tensões com o vizinho Camboja, o reforço da comunidade ASEAN e a resolução de desafios globais como as alterações climáticas, o tráfico de seres humanos e a cibersegurança.

O Fórum reuniu cerca de 70 delegações das instituições da UE e dos Estados-membros da UE, bem como de países e organizações regionais da região do Indo-Pacífico. Os 11 Estados membros da ASEAN são Myanmar, Tailândia, Laos, Vietname, Filipinas, Camboja, Singapura, Indonésia, Malásia, Timor-Leste e Brunei.

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