As forças de segurança egípcias avançaram sobre os locais onde os apoiantes do presidente deposto, Mohamed Morsi, se concentraram nas últimas semanas, no Cairo. Os primeiros balanços falam de cerca de duas dezenas de mortos. A Irmandade Muçulmana garante que são mais de duas centenas, que há mais de dois mil feridos, e apelou à população para “descer às ruas e impedir o massacre”.
A ameaça concretizou-se. Há semanas que as autoridades militares anunciavam a iminência de uma intervenção em grande escala, caso os apoiantes de Morsi não desmobilizassem. Os receios sobre um eventual massacre eram refreados pela vigência do Ramadão. Mas o período de abnegação terminou na semana passada, abrindo a porta às sangrentas investidas na capital egípcia.
O jornalista da euronews Mohammed Shaikhibrahim encontra-se no Cairo e relatou-nos, via telefone, os acontecimentos que estão a abalar o país: “A Praça de Rabaa al-Adawyia está completamente cercada. Foi-nos muito difícil chegar até lá porque há disparos sucessivos. Não conseguimos perceber de onde vinham. Mas uma coisa é certa: há trocas de tiros entre ambas as partes, entre a polícia e as pessoas que ocupam a praça. Vários prédios estão a arder. É isto que está a acontecer em Rabaa al-Adawyia.”
- Clashes in Cairo 14/08/2013
Anadolu agency
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— Nervana Mahmoud (@Nervana_1) August 14, 2013
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Credit: YouTube/Sharif Kouddous via Storyful
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