Ferguson viveu uma noite relativamente calma, depois de dois dias de tensão após a decisão de um grande júri de ilibar o polícia que matou a tiro um jovem afro-americano desarmado.
Para tentar apaziguar a contestação, o departamento de Justiça dos Estados Unidos terá prometido investigar as práticas das forças de segurança no subúrbio de Saint Louis.
Os pais de Michael Brown, o jovem alvejado em agosto, deram esta quarta-feira uma entrevista a uma televisão norte-americana. A mãe defendeu que “o respeito é uma questão central” e acrescenta que merece “o mesmo respeito” e que “tudo o que queria era igualdade pelo que aconteceu” ao seu filho. Lesley McSpadden disse que “é muito injusto” e que “não fazia ideia de que as coisas seguiriam este rumo, que era desta forma que as coisas funcionavam, que o sistema iria falhar de tal forma”.
Nos últimos dias, mais de 400 pessoas foram detidas em motins e protestos em Ferguson e noutros pontos do país, como Los Angeles, Nova Iorque, Boston e Atlanta.
As vozes da indignação atravessaram o Atlântico, com milhares de pessoas a manifestarem-se também esta quarta-feira em frente à embaixada dos Estados Unidos em Londres.