Paquistão: Governo reinstaura pena de morte para terroristas

Paquistão: Governo reinstaura pena de morte para terroristas
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De  Dulce Dias
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O governo paquistanês decidiu reinstaurar a pena de morte para os casos de terrorismo. Islamabad levanta, pois, a moratória sobre a pena capital, um

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O governo paquistanês decidiu reinstaurar a pena de morte para os casos de terrorismo. Islamabad levanta, pois, a moratória sobre a pena capital, um dia depois do ataque talibã à escola militar de Peshawar que fez 142 mortos – 132 dos quais crianças – e deixou mais de 130 feridos – também estes, maioritariamente crianças.

É o caso de Mehran Khan, que conta como conseguiu sobreviver: “Escondemo-nos num vestiário e fizemos de conta que estávamos mortos. Os talibãs parece que acreditaram, mas, depois, dois de nós, incluindo uma professora, despertaram a atenção deles e eles alvejaram-nos na cabeça, para terem a certeza que estavam mesmo mortos. Depois de matarem a professora, queimaram-na.”

Enquanto as famílias começam a enterrar os mortos, a comunidade internacional, em bloco, condena o ataque, o mais sangrento da história recente do Paquistão – e também o mais chocante, por as vítimas serem crianças. Um facto que levou mesmo os talibãs do Afeganistão – habituados, também eles, aos atentados – a condenarem o ataque, perpetrado pelo ramo paquistanês do grupo terrorista.

Para os ‘media ‘ locais, este ataque – uma “tragédia nacional”, como o qualificou o primeiro-ministro – é mesmo equiparado à guerra indo-paquistanesa de 1971.

Um ataque que durou várias horas, depois de um comando de talibãs paquistaneses ter tomado de assalto a escola militar de Pershawar como retaliação pela ofensiva militar contra o Vaziristão do Norte, feudo do grupo terrorista. O exército já garantiu que a operação vai continuar.

O governo decretou três dias de luto nacional e um pouco por todo o país a população presta homenagem às vítimas.

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