Foi entregue o primeiro A350-900 à companhia Qatar Airways. A entrega teve lugar esta segunda-feira na cidade francesa de Toulouse, com um ano de
Foi entregue o primeiro A350-900 à companhia Qatar Airways. A entrega teve lugar esta segunda-feira na cidade francesa de Toulouse, com um ano de atraso face à data prevista.
Mesmo assim, Frabice Brégier, patrão da Airbus, fala de “um dia histórico”. O diretor geral da Qatar Airways evoca a “concretização de um projeto de uma década”.
O programa A350 foi lançado em 2007. O construtor aeronáutico europeu investiu entre dez e 12 mil milhões de euros.
Fabricado com materiais compósitos, à base de fibra de carbono, para reduzir o peso, o A350 permite poupar até 30% de combustível. A Airbus tem 778 encomendas. Só a Qatar Airways encomendou 80 aparelhos.
Com o A350 a Airbus rivaliza com a Boeing nas rotas mais longas. O A350 é o rival direto do Boeing Dreamliner 787, que entrou ao serviço em 2011, com três anos de atraso. A Boeing vendeu 1055.
Segundo a Airbus, o seu aparelho consome 8% menos por lugar do que o Dreamliner.
Os dois construtores preparam já novas versões. A da Airbus, o A350-1000, mais largo, deverá ser lançada em meados de 2017.
A Qatar Airways anuncia a primeiro voo comercial do A350 para 15 de janeiro entre Doha e Frankfurt.
A euronews falou com o presidente executivo da Qatar Airways, Akbar al Baker
Joanna Gill, euronews: Demorou muito, houve meses de atraso, foi preocupante?
Akbar Al Baker, presidente executivo da Qatar Airways: Não, de todo. Estávamos à vontade com o calendário que nos foi dado para a primeira entrega e a Airbus respeitou o compromisso de entregar o aparelho no último trimestre de 2014.
euronews: Disse que com a expansão regional e de longo curso, a Qatar Airwyas “necessita de aparelhos que reúnam conforto para os clientes e inovação tecnológica”. Como é que a Airbus o conquistou?
A. al Baker: Fomos a primeira companhia a fazer uma encomenda há sete anos e, foi graças à encomenda de 80 aparelhos da Qatar Airways que o programa foi lançado.
euronews: Qual foi a vantagem da Airbus em relação à Boeing?
A. al Baker: É preciso recordar que este aparelho foi lançado após o 787 e a visão da Airbus para construir o aparelho era, tecnologicamente, superior à do 787.
euronews: Como é que o aparelho vai responder às necessidades dos clientes?
A. al Baker: O passageiro quer um assento, uma refeição agradável e chegar sem atrasos de um ponto A a um ponto B. Os clientes não se preocupam com os pormenores. Para os passageiros da Qatar Airways o importante é que podem obter um serviço superior ao da concorrência.
euronews: É o caso da Airbus face à Boeing?
A. al Baker: A entrega tem lugar quatro anos após a tomada de posse do primeiro 787, por isso, foram incorporadas no aparelho as inovações tecnológicas dos últimos quatro anos.
euronews: A Airbus reivindica 25% de eficiência energética. Representa uma boa compra em termos de custos?
A. al Baker: Sem dúvida. Temos de recordar que o combustível é a maior despesa operacional de uma companhia aérea. Por isso, quanto maior for a eficiência energética de um aparelho melhor, para a companhia e para a sua rentabilidade.
euronews: Subiram as previsões de lucros de muitas companhias, devido à queda do preço do petróleo. Como é que afecta a sua companhia?
A. al Baker: Como todas as companhias aéreas, com os preços baixos dos combustíveis, estamos a realizar mais lucros do que ano passado.