Lassana Bathily, o maliano empregado do supermercado Hyper Casher, que ajudou os clientes a esconderem-se na câmara fria, durante o sequestro na
Lassana Bathily, o maliano empregado do supermercado Hyper Casher, que ajudou os clientes a esconderem-se na câmara fria, durante o sequestro na semana passada vai obter a naturalizção francesa.
O governo decidiu dar luz verde ao pedido que Lassana tinha apresentado em julho de 2014 e atribuir-lhe a Legião de Honra
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“Entre as pessoas que estavam comigo havia um bebé de dois anos, quando estávamos na câmara fria. Pu-los lá dentro, fechei a porta e disse-lhes: Vocês ficam aqui calmos e eu vou sair. Depois entrei no elevador e subi. Olhei à esquerda e à direita e não vi ninguém. Saí a correr e vi os polícias que me mandaram deitar no chão, com as mãos na cabeça”, conta.
Lassana conseguiu sair através do monta-cargas e uma vez no exterior ajudou a polícia a preparar o assalto.
Diz que, quando sairam, os reféns lhe agradeceram o facto de os ter escondido na câmara fria do estabelecimento.
No dia seguinte, o ministro do Interior deu ordem de aprovação do pedido de naturalização, o presidente François Hollande telefonou-lhe a agradecer e Benjamin Netanyahu prestou-lhe homenagem na sinagoga da Vitória.
Lassana, muçulmano, diz que não escondeu judeus, escondeu seres humanos.