Rebeldes podem aceitar forças de paz para vigiar a trégua

As autoridades da autoproclamada repúbica de Donetsk afirmam que não são contra a presença de forças de paz para monitorizar a trégua.
Numa operação de comunicação os rebeldes mostraram aos jornalistas alguns prisioneiros em Donetsk alegando que os detidos estão a ser bem tratados, mas a Amnistia Internacional denuncia a crueldade e tortura contra soldados ucranianos durante todo o conflito.
O Vice-ministro da Defesa da região independentista lembrou que tinham proposto forças de paz logo no início:
“Com relação à manutenção da paz, no início quando este conflito começou pedimos que a a Federação Russa e os Estados membros do Conselho (ONU) enviassem segurança. E nessa altura recebemos uma resposta negativa. Mas se agora querem enviar forças de paz, não somos contra isso”.
O presidente ucraniano, anunciou ontem à noite que a Ucrânia iria pedir o envio de um contingente de paz internacional para monitorizar a fronteira russo-ucraniana mas os líderes separatistas opõem-se a esta proposta.
Fazendo eco da vontade de Moscovo, as autoridades da região separatista estarão dispostas a aceitar um contingente de soldados de paz da Federação Russa para a linha que separa as zonas rebeldes do resto da Ucrânia. Uma forma da Rússia legitimar a sua posição no terreno e de manter a ambiguidade com que alimentou esta guerra.