Operação turca na Síria justificada por risco de ataque

O Exército turco começou a construir o novo mausoléu de Suleyman Shah, avô do fundador do Império Otomano, junto à localidade síria de Eshme, controlada pelas forças curdas, a escassos 200 metros da fronteira com a Turquia.
A operação militar do fim-de-semana para evacuar e destruir a antiga localização foi classificada por Damasco como uma “agressão flagrante”.
O primeiro-ministro turco disse, este domingo, que “ninguém deve duvidar do poder e determinação da Turquia. Onde quer que exista uma única pedra que represente uma parte da herança turca, [as forças turcas têm] o dever de protegê-la”.
Ancara apoia-se no tratado bilateral de 1921 assinado com a França – que ocupava então a Síria – para reclamar a soberania sobre a área do mausoléu. Da localização inicial, junto ao castelo de Jaber, a tumba tinha sido transladada, nos anos 70, para os arredores da aldeia de Karakozak.
A área estava rodeada pelos combatentes do grupo extremista Estado Islâmico e o receio de um ataque foi a justificação dada pelas autoridades turcas para a operação militar, a primeira incursão em território sírio desde o início da guerra civil.