Em Artemivsk, para onde as tropas ucranianas recuaram depois do cessar-fogo, ninguém acredita na trégua, como conta o repórter Sergio Cantone.
Todos os dias ouvimos bombardeamentos. Não só ouvimos, como as nossas posições são bombardeadas. Por isso, é impossível retirar o armamento pesado.
As armas soaram em Artemivsk, em honra de quatro soldados ucranianos mortos em Debaltseve.
É nesta cidade que uma parte das tropas ucranianas está agora estacionada, depois da retirada da linha da frente.
Os soldados morreram vítimas de minas. O bombardeamento de Debaltseve continuou depois do cessar-fogo, como confirma um soldado: “Depois do anúncio do cessar-fogo as coisas pioraram. Desde que a trégua começou”.
“Todos os dias ouvimos bombardeamentos. Não só ouvimos, como as nossas posições são bombardeadas. Por isso é impossível retirar o armamento pesado”, conta “Gross”, vice-comandante do batalhão “Kyivska Rus”.
Em Artemivsk, entre os soldados ucranianos, a fé no cessar-fogo é muito pouca ou nenhuma. O segundo acordo assinado em Minsk, por impulso da França e da Alemanha, obriga as duas partes a deslocar a artilharia pesada para uma linha a 50 quilómetros da zona de contacto.
“Ninguém acredita no cessar-fogo e na capacidade da diplomacia resolver o conflito. Os soldados e as outras pessoas esperam o pior nas próximas horas: Ataques a Artemivsk e Mariupol”, conta o chefe da delegação da euronews em Kiev, Sergio Cantone, em Artemivsk.