Moscovo presta, hoje, a última homenagem a Boris Nemtsov. O corpo esteve quatro horas em câmara ardente no Centro Sakharov e já seguiu para o
Moscovo presta, hoje, a última homenagem a Boris Nemtsov.
O corpo esteve quatro horas em câmara ardente no Centro Sakharov e já seguiu para o cemitério de Troekurovskoye, localizado na zona oeste de Moscovo. O mesmo onde foi enterrada Anna Politkovskaya, a jornalista assassinada a 7 de outubro de 2006.
Cidadãos anónimos e várias figuras públicas marcam presença na cerimónia. É o caso, por exemplo, do ex-primeiro-ministro britânico, John Major.
Muitas outras ficaram, no entanto, à porta. É o caso de uma eurodeputada letã que viu recusada a entrada na Rússia onde pretendia assistir ao funeral de Nemtsov.
Também um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco declarou que o presidente do Senado não teve autorização para entrar na capital russa.
Nemtsov, era um dos maiores críticos de Vladimir Putin e da ingerência russa na Ucrânia.
Atualmente estava a trabalhar num relatório que dizia permitia provar o envolvimento militar russo na revolta dos separatistas no leste da Ucrânia.
Nemtsov foi baleado três horas depois de pedir aos ouvintes de uma rádio de Moscovo que participassem num comício da oposição para exigir o fim da guerra no país vizinho.
No domingo, dezenas de milhares de russos marcharam na capital em homenagem ao homem que “morreu a lutar por uma Rússia livre.”