Egito: Adiadas eleições parlamentares

Egito: Adiadas eleições parlamentares
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De  Dulce Dias com REUTERS
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O país está sem parlamento desde junho de 2012. Deverá agora reformular a lei eleitoral

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Ainda não é desta que o Egito vai ter um novo parlamento. O tribunal administrativo do Cairo ordenou, esta terça-feira, o adiamento das eleições parlamentares, inicialmente previstas a partir do próximo dia 22.

Uma decisão esperada, após o Tribunal Constitucional ter chumbado, no domingo, uma boa parte da lei eleitoral, incluindo a questão das circunscrições.

Nas ruas do Cairo, as opiniões não são unânimes. “Esta decisão vai contra o interesse público. Vai dificultar a aplicação do plano de transição, adiar novamente as eleições, prejudicar o investimento e afetar outras decisões do país”, lamenta um homem.

Outro é mais pragmático: “É normal. As eleições têm de ter credibilidade legal. Mesmo que sejam adiadas por mais um mês, vão realizar-se. Não há problema. Já esperámos tanto, podemos esperar um pouco mais.”

O Egito está sem parlamento desde junho de 2012.

As eleições previstas este mês representam a última etapa do plano de transição estabelecido pelo exército em julho de 2013.

A nova data do escrutínio não foi anda comunicada mas os analistas falam de um adiamento de, pelo menos, três meses.

O correspondente da euronews no Cairo, Mohammed Shaikhibrahim, explica: “O adiamento das eleições é, para certas pessoas, um argumento político com vista ao controlo absoluto do poder. Outras pensam que é a oportunidade de evitar todo e qualquer problema legal no futuro que possa vir a causar a dissolução do parlamento e novas eleições, o que perturbaria o cenário político e económico do Egito.”

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