A Síria prepara-se para assinalar 4 anos de um conflito sangrento e Bashar al-Assad mantém um tom de desafio. Numa entrevista exclusiva para a
A Síria prepara-se para assinalar 4 anos de um conflito sangrento e Bashar al-Assad mantém um tom de desafio.
O sistema internacional, apresentado pela ONU e pelo Conselho de Segurança, falhou.
Numa entrevista exclusiva para a RTP, conduzida pelo jornalista português Paulo Dentinho, o presidente Sírio descarta as responsabilidades para o Ocidente, que diz “não ter vontade” para combater o terrorismo, um termo usado por Assad tanto para os extremistas do Estado Islâmico e da Frente al-Nusra, como para qualquer grupo rebelde que combate o seu Exército (veja aqui a entrevista completa).
O chefe de Estado sírio diz que “primeiro, é preciso que os responsáveis na Europa tenham a vontade de lutar contra o terrorismo. Isso não existe atualmente. Depois, são necessárias políticas prudentes. Não se pode ser arrogante e teimoso, adotando políticas egoístas. E, em terceiro lugar, o que é muito importante, lutar contra o terrorismo deve tornar-se num valor, não pode ser visto como um oportunismo”.
Bashar al-#Assad em entrevista exclusiva para a rtppt</a>, com o mesmo tom de desafio de sempre <a href="http://t.co/FKUbg1iSli">http://t.co/FKUbg1iSli</a> <a href="http://t.co/GT1Q4zhIqv">pic.twitter.com/GT1Q4zhIqv</a></p>— Rodrigo Barbosa (
RodaLarga) March 5, 2015
Assad defende que “o sistema internacional, apresentado pela ONU e pelo Conselho de Segurança, que é suposto resolver problemas, proteger a soberania dos diferentes países e evitar guerras, falhou. As Nações Unidas falharam na proteção dos cidadãos internacionais, incluíndo nos casos da Síria, da Líbia, do Iémen e de outros países”.
Questionado sobre o seu regime, descrito como brutal e sanguinário, Assad afirma que é “ilógico e irrealista” pensar dessa forma, voltando, mais uma vez, a defender que tem o apoio do povo.
No terreno, a cidade devastada de Aleppo é palco há vários dias de violentos combates entre o Exército sírio e os rebeldes.
Desde o início da contestação, a 15 de março de 2011, o conflito fez mais de 220.000 mortos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.