São mensagens totalmente contraditórias, que chegam das autoridades do Irão. Enquanto o líder religioso supremo ataca os Estados Unidos, os responsáveis políticos afirmam que "não há nada que não poss
São mensagens totalmente contraditórias, que chegam das autoridades do Irão. Enquanto o líder religioso supremo ataca os Estados Unidos, os responsáveis políticos afirmam que “não há nada que não possa ser resolvido” no que diz respeito às negociações sobre o nuclear.
Se deus quiser, no final das negociações será alcançado um acordo que irá beneficiar todas as nações, o Irão, a região e o mundo. (Rohani)
Nas celebrações do Noruz – o ano novo persa – no meio de gritos de “morte à América”, o Aiatola Khamenei atacou o que classificou de “potências arrogantes” por causa das sanções impostas à república islâmica e acusou os seus “inimigos” de estarem a tentar virar os iranianos contra a República Islâmica, fundada em 1979 após a revolução que depôs o Xá Reza Palavi.
Em sentido contrário, o presidente Hassan Rohani está confiante que tudo será resolvido na questão do nuclear e que “se deus quiser, no final das negociações será alcançado um acordo que irá beneficiar todas as nações, o Irão, a região e o mundo”.
No final de uma semana de intensas negociações em Lausana, na Suíça, o secretário de Estado norte-americano afirmou que foram alcançados genuínos progressos e que é chegado o momento das grandes decisões.
John Kerry aproveitou para elogiar a “unidade” e a “determinação” das grandes potências em “assegurar que o programa (nuclear) iraniano é totalmente pacífico.
Kerry encontra-se este sábado, em Londres, com os homólogos francês, alemão e britânico para “partilhar ideias (…) sobre como resolver as questões que bloqueiam” um acordo final. As negociações devem ser retomadas na quarta-feira.