As autoridades não sabem onde estão 535 dos 815 estudantes do estabelecimento
Continua a tomada de reféns, na universidade de Garissa, no Quénia, e as operações para os libertar.
As autoridades dizem que 3 dos 4 edifícios do campus universitários foram evacuados e que os terroristas se refugiaram no outro. Segundo o ministério do Interior, desconhece-se o paradeiro de 535 dos 815 estudantes da universidade.
O ataque, reivindicado pelo grupo terrorista somali Al-Shebaab, já fez, pelo menos, 18 mortos e mais de 60 feridos. Segundo um porta-voz do grupo, “os muçulmanos foram libertados” e “os reféns são cristãos”.
O jornalista Bashir Ismail, freelance em Garissa, avança pistas para explicar este ataque: “Porquê Garissa? Em primeiro lugar, porque Garissa fica perto da fronteira com a Somália e porque Garissa também é vista como a capital do povo somali no Quénia. Em segundo, na quinta-feira da semana passada, as forças de segurança quenianas mataram três homens que, suspeita-se, pertenciam ao Al-Shebaab. Por isso, penso que os acontecimentos desta quinta-feira são as medidas tomadas pelo Al-Shebaab contra o Quénia. O Quénia vai pagar um preço elevado pelos três homens que foram mortos na passada quinta-feira.”
O movimento Al-Shebaab tinha também prometido vingar a intervenção queniana na Somália e já cometeu vários atentados em Garissa, assim como em Nairobi. Reivindicou, entre outros, a tomada de reféns num centro comercial da capital, em 2013, que fez 67 mortos.