A Austrália vai retirar os subsídios a pais que recusem vacinar os filhos. O parlamento tem de aprovar a medida, mas a oposição apoia-a, e deve
A Austrália vai retirar os subsídios a pais que recusem vacinar os filhos. O parlamento tem de aprovar a medida, mas a oposição apoia-a, e deve entrar em vigor em 2016.
Até aqui, ao abrigo da lei, os pais “objetores de consciência” podiam requerer os apoios. Com a nova lei não.
A questão é polémica mas o Primeiro-ministro não recua e explica o que se vai passar a partir daqui:
“Sim, as pessoas podem, se quiserem, não vacinar as suas crianças mas, se elas não forem vacinadas, excluindo questões religiosas e de cariz médico, não estarão qualificadas para receber os benefícios estatais correspondentes. Basicamente, o que isto quer dizer, é que sem vacina não há pagamento por parte do governo.”
A Organização Mundial de Saúde tinha apelado, aos países europeus, para “intensificarem a vacinação contra o sarampo, em grupos etários em situação de risco”, depois do ressurgimento da doença, também nos Estados Unidos.
Do lado dos pais há quem defenda que as vacinas como a tríplice VSPR – contra o sarampo, papeira e rubéola – estão relacionadas com os crescentes casos de autismo. Teoria refutada em diversos estudos.
A Austrália tem taxas de vacinação, em crianças entre um e cinco anos, superiores a 90%. Ainda assim, dados oficiais dão conta de que mais de 39 mil crianças, com menos de sete anos, não foram vacinadas.