África do Sul: violência xenófoba inquieta além fronteiras

África do Sul: violência xenófoba inquieta além fronteiras
De  Rodrigo Barbosa com AFP / EFE
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A ONU e vários países africanos exprimiram inquietude face à vaga de violência xenófoba, que fez seis mortos e mais de cinco mil deslocados nas

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A ONU e vários países africanos exprimiram inquietude face à vaga de violência xenófoba, que fez seis mortos e mais de cinco mil deslocados nas últimas três semanas, na África do Sul.

Em Joanesburgo, vários comércios geridos por estrangeiros voltaram a ser pilhados durante a noite, suscitando a ira dos imigrantes, que acusam o governo sul-africano de não os proteger.

Um nigeriano diz que não sabe porque “é odiado [pelos sul-africanos], porque não lhes está a roubar trabalho ou qualquer outra coisa”.

Outro imigrante diz que “durante o Apartheid, [os nigerianos] apoiaram a África do Sul, por isso o governo precisa de perceber que [nigerianos e sul-africanos] são como um só [povo]”.

Os ataques contra estrangeiros, que começaram na metrópole portuária de Durban depois do rei zulu Goodwill Zwelithini ter instado os imigrantes a saírem do país, alastraram-se nos últimos dias à capital e a outras cidades.

Durante uma reunião de ministros, em Pretória, Maite Nkoana-Mashabane, que assume a pasta das Relações Internacionais, frisou que “os ataques recentes contra estrangeiros, sobretudo de outros países africanos, é uma ameaça para as conquistas históricas da África do Sul e vão contra os valores democráticos inscritos na Constituição”.

Durban foi, esta quinta-feira, palco de uma manifestação multitudinária contra a vaga de violência. Zwelithini anunciou que vai reunir-se com outros líderes tribais para pedir um fim aos atos xenófobos.

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