A comunidade internacional continua com os olhos postos no norte de Chipre, depois das eleições presidenciais de domingo não terem sido resolvidas à
A comunidade internacional continua com os olhos postos no norte de Chipre, depois das eleições presidenciais de domingo não terem sido resolvidas à primeira volta.
No território, reconhecido apenas pela Turquia, a segunda volta do sufrágio, no próximo domingo, deverá decidir também o futuro das negociações sobre a reunificação da ilha.
Como afirma um analista político, tudo depende do campo vitorioso na luta entre os dois rivais, o conservador Dervis Eroglu e o moderado Mustafa Akinci.
“Este território é o segundo no mundo em termos de nepotismo, o desemprego é crónico e é por razões como estas que as pessoas estão fartas da situação atual. Há um vento de mudança representado por Akinci, que representa também a esperança de uma solução”, afirma Okan Şafaklı da Universidade Europeia de Lefke.
Uma solução também para as negociações sobre a reunificação da ilha, suspensas desde outubro do ano passado, e quando apenas os moderados parecem abertos ao diálogo.
“Se esta ilha não se tornar uma ilha de paz para as duas comunidades, será impossível avançar de forma a regressarmos à comunidade internacional com um futuro duradouro. Os dois lados tinham já reconhecido numa declaração que o estado atual da situação é insustentável”, sublinha Okan Şafaklı.
Ao contrário dos conservadores que defendem um referendo sobre a reunificação, o candidato moderado é partidário de uma reabertura do diálogo com o executivo cipriota grego.
Independentemente do resultado do sufrágio, o enviado da ONU para o território mostra-se otimista ao prever o reinício das discussões já no próximo mês.