Yerevan recorda vítimas do genocídio arménio 100 anos depois

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Centenas de milhares de pessoas em Yerevan e em todo o mundo recordam, esta sexta-feira, o 100o aniversário do Genocídio Arménio. Um século depois

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Centenas de milhares de pessoas em Yerevan e em todo o mundo recordam, esta sexta-feira, o 100o aniversário do Genocídio Arménio.

Um século depois do extermínio de mais de um milhão e meio de arménios durante a primeira guerra mundial, pelo exército otomano, a capital Arménia recorda os massacres, junto ao memorial do genocídio e à sua chama eterna.

Vários chefes de Estado e de governo dos mais de 20 países que reconhecem o genocídio participam na cerimónia, como o presidente francês ou o presidente russo.

Vladimir Putin e François Hollande, condenaram os factos de há um século com um apelo à paz e à reconciliação, uma mensagem dirigida também à Turquia que continua a rejeitar reconhecer o genocídio.

A Alemanha e a Austria juntaram-se esta semana às nações que reconhecem o crime contra a humanidade, quando países como os Estados Unidos preferem para já evitar a palavra genocídio, antes de mais, para não melindrar o parceiro comercial turco.

O presidente arménio, Serge Sarkissian, apelou ao mundo, a pôr fim ao “negacionismo” sobre o genocídio e, “a recordar-se do primeiro genocídio do século XX”, e a tirar as suas lições para, “que os crimes não se voltem a repetir”.

A igreja arménia beatificou ontem as mais de 1,5 milhões de vítimas dos massacres e deportações forçadas, um primeiro reconhecimento após o Papa Francisco ter recentemente evocado também, “o primeiro genocídio do século XX”.

A Turquia, que não hesitou em condenar as posições da Áustria e do Vaticano decidiu, por seu lado, avançar as comemorações da vitória na batalha de Gallipolli, há 100 anos, para esta sexta-feira, de forma a contornar a questão do genocídio arménio.

A 24 de abril de 1915, 25 intelectuais arménios foram detidos e executados em Constatinopla, por ordem do ministro do Interior otomano. O início de um processo que em alguns dias vai levar à morte ou à deportação para a Síria de mais de 2 345 intelectuais arménios.

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