A revolta dos trabalhadores dos serviços de saúde na Húngria revela um novo sintoma da impopularidade do governo do primeiro-ministro Viktor Órban
A revolta dos trabalhadores dos serviços de saúde na Húngria revela um novo sintoma da impopularidade do governo do primeiro-ministro Viktor Órban.
Milhares de pessoas, a maioria enfermeiras, manifestaram-se ontem em Budapeste para exigir aumentos salariais e melhores perspetivas de carreira no setor.
Os funcionários queixam-se de salários baixos, quase congelados há mais de uma década entre os 300 e 500 euros mensais, distantes do crescimento da economia do país, que registou uma subida de 3,6% no ano passado.
Uma situação que leva centenas de enfermeiras e médicos a emigrar anualmente quando 1 em cada 10 húngaros pretende trabalhar fora do país, segundo uma sondagem recente.
O governo prometeu aumentar os salários no setor já desde o próximo ano.
Um anúncio que não impediu o protesto de terça-feira quando a revolta contra a política económica do partido governamental Fidesz continua a alimentar a subida da popularidade dos nacionalistas radicais do partido Jobbik.