No Burundi manifestações contra a candidatura do presidente Pierre Nkurunziza a um terceiro mandato voltaram a degenerar em confrontos com as forças
No Burundi manifestações contra a candidatura do presidente Pierre Nkurunziza a um terceiro mandato voltaram a degenerar em confrontos com as forças policiais. Várias pessoas foram detidas.
Na primeira aparição pública após a tentativa de golpe de estado para o derrubar, o presidente não fez qualquer referência ao facto, mas alertou para a eminência de um ataque do grupo islamita somali al Shabaab.
“Há muito tempo que falam do al Shabaab. Andam a brincar connosco. Mesmo o golpe de estado foi uma palhaçada. Andam a brincar, a começar por ele, mas não permitiremos. Continuaremos com os protestos até ele se afastar das eleições. Continuaremos mesmo que eles acabem connosco. Os nossos netos continuarão. Lutaremos até à última geração”, disse um manifestante.
A descrença popular em Pierre Nkurunziza subsiste apesar da remodelação ministerial feita quando regressou ao país após a tentativa de golpe de estado levada a cabo pelo general Godefroid Niyombare, um ex-companheiro de armas do presidente durante a guerra civil (1993-2006).