Apesar de toda a contestação, só muito dificilmente Joseph Blatter perde a reeleição para a presidência da FIFA.
No meio da tempestade causada pelo escândalo de corrupção e pela detenção de vários dirigentes, a FIFA vai a votos e o resultado é previsível: A reeleição de Joseph Blatter para um novo mandato. Só que o suíço, presidente da instituição desde 1998, deve desta vez ser eleito sobretudo com os votos das federações de África e da Ásia.
O presidente da FIFA percebeu que os ocidentais já não contam.
As federações europeias, reunidas na UEFA, vão votar no príncipe Ali da Jordânia. Mesmo se as hipóteses de vencer são poucas, é a primeira vez que Blatter tem concorrência digna desse nome. Vários presidentes, como o da federação holandesa, pedem o fim da era Blatter: “Já era dessa opinião no ano passado em São Paulo. Estive com ele, no gabinete dele, no dia 9 de janeiro, para o convencer a sair e ele não quis”, disse Michael van Praag.
Nas redes sociais, a pressão aumenta para que Blatter se demita. O Financial Times diz que o presidente da FIFA percebeu que os ocidentais já não contam:
Comment: Sepp Blatter is a genius because he realised westerners don’t matter any more http://t.co/fQ0QR9tPa5pic.twitter.com/hyixpge0L9
— Financial Times (@FT) 29. Mai 2015
O jogo de vídeo “FIFA” foi alvo de várias interpretações humorísticas:
Jemand Lust auf ein Spielchen? http://t.co/vMcc3T2OI2#maFIFA#FIFAgate#FIFApic.twitter.com/SM8IE1xVu1
— 11FREUNDE_de (@11Freunde_de) 28. Mai 2015
Alguma imprensa, sobretudo certos tablóides, como aqui o suíço Blick, fizeram também do fim da era Blatter um cavalo de batalha:
Der Blick heute. #Blatter#FIFApic.twitter.com/z4MNNkyRKX
— Tim Röhn (@Tim_Roehn) 29. Mai 2015
Cada vez mais, o suíço é visto como a personificação de tudo o que se passa de errado no mundo do futebol.