Parlamento romeno rejeita pedido de levantamento de imunidade parlamentar do primeiro-ministro, Victor Ponta
Primeiro-ministro romeno rejeita acusações de corrupção.
"Isto vai dar um sinal aos elementos do executivo de Victor Ponta que eles não serão investigados pela Agência Anti-corrupção e isso significa que a corrupção vai aumentar" - Mircea Marian, analista político
As declarações de Victor Ponta surgem após o parlamento romeno ter rejeitado um pedido de levantamento da imunidade avançado pela Agência contra a corrupção, DNA, para investigar vários casos que alegadamente envolveriam o primeiro-ministro.
Victor Ponta é acusado de falsificação, branqueamento de capitais, evasão fiscal e conflito de interesses.
Na sexta-feira passada, o presidente romeno, Klaus Iohannis, apelou à demissão do chefe do executivo.
“Eu próprio irei aos escritórios do procurador com todos os documentos. Fornecerei todas as informações necessárias e estou convencido que em pouco tempo será tomada uma decisão que vai provar que eu respeitei a lei há 8 anos”, disse o chefe do executivo em reação às acusações.
A situação contudo apresenta riscos, segundo o analista político Mircea Marian.
“Isto vai dar um sinal aos elementos do executivo de Victor Ponta que eles não serão investigados pela Agência Anti-corrupção e isso significa que a corrupção vai aumentar. É claro que se este governo permanecer no poder, daqui a um ano, quando terminar o mandato da diretora da DNA, eles não a vão reconduzir no cargo”.
O primeiro-ministro revelou-se confiante em como o governo irá sobreviver à moção de censura que a oposição vai levar ao parlamento esta sexta-feira.
Esta terça-feira os Estados Unidos, Grã-Bretanha e Países Baixos pronunciaram-se pela primeira vez sobre a crise despoletada na sexta-feira passada.
Os três países reforçaram a necessidade de respeitar a lei e a independência das instituições judiciais.