Strauss-Kahn absolvido de todas as acusações sexuais em França

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De  Francisco Marques  com AFP
Strauss-Kahn absolvido de todas as acusações sexuais em França

Dominique Strauss-Kahn (DSK) foi absolvido, esta sexta-feira, em Lille, França, de todos os crimes de que era acusado no âmbito do escândalo do hotel Carlton e que incluíam proxenetismo.

As acusações de agressão sexual por parte de uma funcionária de um hotel de Nova Iorque, em 2011, acabaram com a carreira de Strauss-Kahn no Fundo Monetário Internacional e liquidou por completo as possibilidades de DSK se candidatar à presidência de França em 2012.


Dominique Strauss-Kahn chegou, na altura, a acordo financeiro com a funcionária do hotel norte-americano, num caso que deu inclusive origem a um polémico filme com Gerard Depardieu no papel de “DSK”. O antigo diretor do FMI viria a ser alvo em 2012 de uma outra acusação em França. Um caso distinto: o de organização e participação de orgias com prostitutas no Hotel Carlton, de Lille, e no qual era acusado com mais 13 réus.

Apenas um dos acusados acabou condenado esta sexta-feira: René Kojfer, um antigo quadro do Carlton, onde foi responsável pelas relações públicas, que arranjava prostitutas para os clientes do hotel. Kojfer vai cumprir um ano de prisão.

Quatro anos depois do primeiro escândalo, DSK arriscava uma pena de 10 anos de prisão e uma multa de 1,5 milhões de euros, mas foi absolvido esta sexta-feira. Strauss-Kahn sempre negou qualquer responsabilidade no caso, que envolvia festas de caris sexual realizadas entre 2008 e 2011 em vários empreendimentos hoteleiros também de Paris, Washington e Bruxelas. Na altura, DSK era casado com Anne Sinclair e dirigia o FMI.


Ao longo deste processo “Carlton”, ficou apenas provado o gosto sexual perverso de Dominique Strauss-Khan e a predilção por orgias. O também antigo ministro francês da Economia e Finanças garantiu desconhecer que praticava sexo em grupo com prostitutas.