A luta dos afro-americanos continua

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De  Maria-Joao Carvalho
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Depois da marcha de Selma, no Alabama, há meio século, a luta dos afro-americanos continua. No dia 7 de março de 1965, várias centenas de

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Depois da marcha de Selma, no Alabama, há meio século, a luta dos afro-americanos continua.

No dia 7 de março de 1965, várias centenas de manifestantes pacíficos foram violentamente travados pela polícia, num ataque que traumatizou a América e que iria levar, alguns meses mais tarde, ao nascimento da Voting Rights Act.
Meio século depois, o comportamento de alguns polícias brancos em relação a cidadãos negros continua a ser manchete dos jornais de um país que tem o primeiro presidente negro da sua história, Barack Obama, eleito em 2008. Obama tinha três anos no dia do Domingo Sangrento de Selma. Soube dos terríveis acontecimentos pela mãe, uns anos mais tarde.

Depois da abolição da escravatura e da obtenção da cidadania, em 1865, os direitos dos afro-americanos não foram totalmente reconhecidos.

Foi Martin Luther King que conseguiu forçar o então Presidente Lyndon Johnson a agir. O presidente democrata submeteu ao congresso o projecto que levou à primeira legislação que levantou as barreiras que impediam os negros de votar em vários Estados do sul do país. A lei Voting Rights Act que foi contestada ao longo dos anos por republicanos que tentaram limitar os votos de um eleitorado maioritariamente democrata. A realidade histórica demonstra que muito está por fazer na área dos direitos humanos, da igualdade e contra a discriminação.

O ano de 1967 teve um Verão Quente: na sequência da morte de um taxista afro-americano por um polícia branco, em Dtroit, eclodiram violentos confrontos que fizeram 43 mortos e mais de 400 feridos.

Em Miami, 1980, o rastilho foi a morte de um veterano, abatido por 4 polícias…os confrontos fizeram 18 mortos.

Rodney King foi espancado por quatro polícias, depois ilibados. AS manifestações de 100 mil pessoas, não conseguiram evitar os 55 mortos seguintes; 4000 apessoas foram detidas.

Os esforços do presidente Obama não chegaram à discriminação racial. Com exceção da criação de alguns departamentos no Ministério da Justiça, nada mudou.

Os atos violentos e racistas continuaram em 2012 : um agente de parulha abateu Trayvon Martin, um jovem afro-americano e foi ilibado pela justiça, um ano depois.
O sentimento das mães, que reagiram publicamente, era de receio por causa da impunidade dos racistas.

Em 2014, mais um funcionário do Texas abateu um jovem de 18 anos, o que desencadeou os mais violentos confrontos em Fergusson, nos Estados Unidios, desde 1992.

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